RICO É QUEM TEM TEMPO...
Eu cá sou pobre!
Não porque não tenha tempo.
O que não tenho é dinheiro.
E, assim, fico sorrateiro.
Para que o tempo passe depressa.
E eu fique com tempo
Para gastar o dinheiro que não tenho.
Se tivéssemos (persistentemente) consciência do quanto nossa vida é efêmera, talvez pensássemos duas vezes (se tivéssemos tempo)
antes de deixarmos passar as oportunidades que temos para sermos e para fazermos aos outros tudo aquilo que gostaríamos de receber dos outros.
Mas nós não sabemos adivinhar por quanto tempo, teremos tempo. por vezes (muitas) descuidamos, cuidamos pouco.
De nós. Dos outros.
Por coisas pequenas, por vezes mesmo insignificantes, perdemos um tempo precioso. Gastamos horas, dias, às vezes anos. Umas vezes calamo-nos quando deveríamos falar; outras, falamos quando deveríamos ficar em silêncio.
Não damos o abraço que deveríamos o que nos impede esse gesto de aproximação (?), de amizade, de gratidão. Não damos um beijo carinhoso (não estamos acostumados) e não dizemos que amamos porque achamos que o outro sabe o que sentimos.
Assim passamos pelo tempo, sem vivermos.
Existimos apenas, porque já não sabemos fazer outra coisa.
Até que acordamos e olhando para trás. perguntamo-nos:
- Então e agora?! Como recuperar o tempo irrecuperável?
E, poder ser que uma voz interior nos diga num sobressalto.
"Agora, hoje, já, ainda tens tempo para construir, de dar o abraço amigo, de deixar o beijo carinhoso
de dizer uma palavra de reconhecimento, de agradecer.
Porque para isto haverá sempre tempo..."
(Ainda que que o tempo já escorra por entre os nossos dedos...).