sábado, 8 de janeiro de 2011

As presidenciais, o BPN e o FMI I

Mas, passado o ano ‘velho’, eis que 2011 ensaia os primeiros passos. Ora, este mês de Janeiro assume especial relevância no calendário do ano. Não por ser o primeiro. Mas por ser o mês das eleições presidenciais. Com certeza, que estávamos todos ansiosos que chegasse a campanha, por várias razões. Uma, será talvez a mais importante, é a de que o Governo já não vai a tempo de legislar de modo a que cada cidadão eleitor tenha de pagar IVA por cada voto, sabendo-se como se sabe que eleições custam caro e portanto poderia haver a tentação de dividir esses custos pelos cidadãos eleitores. Era o que faltava? Então não se paga já uma porrada de coisas que deviam ser gratuitas? Impressos dos impostos que pagamos, custos administrativos com portagens, encargos socialmente não sei o quê, como as taxas da EDP, da PT, da água, das renováveis, do lixo, etc, etc, etc. Desta parece-me que escapámos! Mas, estas eleições presidenciais são também importantes porque a campanha tem sido muito elucidativa. O candidato Cavaco já deu uma dezena de pontapés no Presidente Cavaco e é bem feito. Afinal, nestes cinco anos que passaram o que fez o presidente Cavaco? Nada! Absolutamente nada! Por isso, o candidato Cavaco tem criticado tanto o presidente Cavaco e diz que vai agora fazer o que o presidente Cavaco não fez. Ora aí está! O poeta Alegre, apoiado pelo bloco, primeiro e pelo ‘pê-esse’ depois tornou-se um caso de estudo. É que não é fácil lidar com isto! É como ter um pé em Almada e o outro no Terreiro de Paço. Uma ‘esparregata’ e tanto! Então em que ficamos? O candidato Alegre diz que se fosse presidente era contra o orçamento mas entretanto votou a favor? O candidato Alegre é a favor do estado social mas, entretanto, esteve sempre em todas as votações que, segundo diz, visam acabar com ele? Bem, isto são apenas dois exemplos de como deveria ser difícil se fosse presidente da república com este governo e com as ideias do bloco e presidente da república apoiado pelo bloco e com a publicar as ideias do governo. A não ser que estejamos perante um caso de presidência ao espelho! Ou seja, quando o candidato Alegre, uma vez presidente, tivesse que publicar um decreto-lei com mais medidas contra o estado social, punha-se à frente do espelho e assinava com a direita a olhar para a sua imagem que reflectida lhe indicaria a esquerda. O presidente da AMI que agora quer ser presidente da república é único porque, diz ele, já viu a miséria de perto! Até contou a estória do menino que esfomeado, perseguia uma galinha para lhe roubar o bocadinho de pão que a dita transportava no bico. Eu ouvi num debate televisivo a narrativa desse episódio extraordinário e depois, pelas risadas grotescas que ouvi de alguns e pelas críticas que li de muitos outros, fiquei ciente que não souberam interpretar a alegoria. O que o dr. Fernando Nobre quis frisar, foi que os portugueses, apesar de esfomeados nunca são capazes de matar o galináceo e contentam-se com os bocadinhos de pão que o dito vai deixando cair do bico. Coisas próprias de povo com brandos costumes tal como o menino que ele viu. Mas pronto. O doutor que, serviços relevantes, tem prestado à humanidade no âmbito das suas competências profissionais e, claro, pelo seu carácter de homem preocupado e amigo de ajudar quem precisa, de política não percebe nada. Ele diz que se for eleito vai fazer tanta coisa que eu ainda não consegui perceber se foi ele que se enganou na eleição e pensa que isto é eleição para primeiro-ministro ou sou eu que estou enganado. Mas, temos o candidato do ‘pê-cê-pê’. Ora aí está um partido que não anda por aí com candidatos emprestados. Pois o candidato Francisco Lopes prepara-se para, como sempre, apanhar com os votos da militância e, mesmo assim… bem, é capaz de não chegar lá! O que já chega é de ‘cassete’. Mas, ainda temos um outro candidato que anda no mesmo território do poeta e tendo sido presidente de câmara deseja agora ser presidente da república. É bem e tem nome a condizer. Defensor de Moura. Mas, não foi presidente em Moura mas sim em Viana do castelo. Trouxe para as presidenciais um tema fulcral. O BPN! Não sei o que isto tem a ver com as eleições mas isto sou eu na minha ingénua ignorância. A maneira de pôr toda a gente a falar e a discutir uma coisa que não interessa para nada. Porque efectivamente aquele banco não interessa para nada. Nem sequer aos banqueiros!
Com esta ‘equipa’ quem me parece que vai ganhar é uma senhora chamada abstenção! Ficávamos como o Brasil com uma presidenta. Sei lá se não seria uma boa ideia.