Um enorme 'charivari' apostrofado por 'APELO À VIOLÊNCIA' foi o que alguns analistas do costume, mais o impagável Marco António que não representa coisa nenhuma, mais o senhor Saraiva que representa os patrões e anda de boca aberta de admiração por causa do atabalhoado guião que Portas pariu, quiseram fazer a propósito de três acontecimentos que se sucederam num curto espaço de tempo:
- a subida da escadaria do parlamento pelos polícias manifestantes,
- a reunião das esquerdas na Aula Magna,
- as manifestações dos sindicalistas da CGTP nos átrios de quatro ministérios.
Neste entretanto, na assembleia da república, o governo e todos os deputados (menos um) pê-esses-dês e cê-dê-esses/pê-pês davam as mãos cúmplices para tornarem efectivo um dos ACTOS DA MAIOR VIOLÊNCIA que há memória: a aprovação do orçamento para 2014!
VIOLÊNCIA A SÉRIO é tudo o que um bando de fundamentalistas, que tomou o poder à custa de mentiras e dissimulações tem andado a engendrar no recôndito silêncio dos gabinetes alcatifados:
- designar de ricos todos os que auferem salário ou pensão acima dos 600,00 euros e portanto já sujeitos a cortes e ao aumento de impostos sobre os rendimentos já cortados;
- 'assassinar' as famílias que devia defender e proteger, levando-as ao desespero do incumprimento dos seus compromissos e à insolvência das suas vidas;
- instituir a emigração de centenas de milhares de jovens como única forma de escapar ao vazio quando não, substituído por um trabalho mal pago e precário;
- provocar um retrocesso civilizacional de décadas, através do desinvestimento na educação e na saúde públicas, retirando os apoios sociais às classes mais fracas e aos mais frágeis (crianças, idosos, deficientes, doentes crónicos, etc);
VIOLÊNCIA A SÉRIO é a que este bando que se apoderou do poder à falsa fé, anda a distribuir há quase três anos...
Até o Papa Francisco avisa que a iniquidade, a injustiça, o empobrecimento, a fome, geram em si mesmas a violência e como disse Mário soares, na Aula Magna, retirem-se enquanto podem chegar a casa pelo próprio pé. Afinal ninguém se lembra de lembrar as palavras bem mais incentivadoras de Vasco Lourenço "se não forem a bem, vamos nós correr com eles à paulada!"...