PALÁCIO NACIONAL DA PENA
Constitui o mais completo e notável exemplar de arquitectura portuguesa do período do Romantismo, remonta a 1839, quando o rei consorte D. Fernando II, adquiriu as ruínas do Mosteiro de Nossa Senhora da Pena e iniciou a sua adaptação a palacete sob a direcção do Barão de Eschwege, que se inspirou nos palácios da Baviera. Extremamente fantasiosa, a arquitectura da Pena utiliza os "motivos" mouros, góticos e manuelinos, mas também o espírito Wagneriano dos castelos do centro da Europa.
A primitiva ocupação do escarpado da serra de Sintra ocorreu com a construção de uma pequena capela em homenagem a Nossa Senhora da Pena, durante o reinado de João II de Portugal.
No século XVI, D. Manuel no cumprimento de uma promessa, doou-a à Ordem de São Jerónimo, determinando a construção de um convento de madeira, e substituindo-o, pouco mais tarde, por um edifício de cantaria, com acomodações para 18 monges.
Em 1749, a queda de um raio destruiu parte da torre, capela e sacristia, danos que foram agravados com o terramoto de 1755. Apenas a zona do altar-mor, na capela, com um magnífico retábulo em mármore e alabastro atribuído a Chanterenne, ficou intacta.
Após a morte de D. Fernando, o palácio foi deixado para a sua segunda esposa, Elisa Hendler, Condessa de Edla, que procurou então chegar a um acordo com o Estado Português e recebeu uma proposta de compra por parte de D. Luís, que aceitou, reservando então para si apenas o Chalé da Condessa, onde continuou a residir.
Com essa aquisição, o Palácio passou para o património nacional português, integrado na Coroa. Durante o reinado de D.Carlos, a Família Real ocupou com frequência o palácio, tornando-se a residência predilecta da Rainha D. Amélia, que se ocupou da decoração dos aposentos íntimos.
Após o regicídio, a Rainha D. Amélia retirou-se ainda mais para o Palácio da Pena, rodeada de amigas e dos seus cães de estimação.