Esta "troika" nacional resolveu produzir, mascarado de conferência, um branqueamento da sua política que provocou uma catástrofe social sem precedentes.
Deu-lhe um título: "Portugal rumo ao crescimento e ao emprego".
Abriu com o presidente da comissão europeia a tecer rasgados elogios à tenacidade e à firmeza do primeiro ministro e a afirmar que apesar de muito elevada a dívida é pagável caso o governo continue com as reformas.
Continuou com o presidente da república a afirmar-se testemunha do trabalho do presidente da comissão europeia em prol da defesa e da protecção de Portugal e dos portugueses.
E, continuou com o primeiro ministro a afirmar que Portugal não pode basear o crescimento e o desenvolvimento em salários baixos e num desemprego estrutural demasiado elevado.
Com mais 8 comissários europeus, mais 6 ministros e mais uns quantos secretários de estado na sala, para além de outros convidados, não se sabe ao certo o que leva esta gente a continuar a apresentar ao país, porque é disso que se trata e é isso que pretendem, aquilo que tem sido precisamente o contrário do que têm afirmado não haver alternativa.
Até aqui, as divagações destes senhores produziam em mim uma revolta imensa.
Agora, para além da revolta, fico com vómitos!
Estes senhores metem-me nojo!