quinta-feira, 23 de abril de 2015

MEU QUERIDO LIVRO

Poderá ser discutível a data escolhida pela UNESCO que em 1995 instituiu 23 de Abril como o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor, assinalando da morte de Shakespeare. Mas não será isto o mais importante.

O primeiro livro impresso por Johannes Gutenberg, "A Bíblia" é o símbolo-chave de um momento de transição da história humana pois a sua invenção provocou uma revolução na forma de apresentar e divulgar o conhecimento. Foi produzido na oficina em Mainz, entre 1452 e 1455,
Hoje, o edificio  é o Museu Gutenberg, que apresenta no centro da sala com paredes à prova de fogo e pesadas portas de ferro, envolta em penumbra, o primeiro "livro dos livros" impresso, devidamente protegido da luz que o decomporia, numa caixa de paredes de vidro à prova de bala, tudo protegido por um complexo sistema de segurança e alarme..
As minhas recordações vão até um pequeno livro de pano que me acompanhava durante as refeições, em cima da pequena tábua da cadeirinha de bébé, quando o pato donald que aparecia no fundo do prato das papas deixou de produzir o efeito desejado para a minha curiosidade e a minha mãe descobriu que era mais fácil distrair-me com um livro que eu folheava, sacudia e sujava de papa enquanto a colher me entrava na boca com muito menos reclamações, da minha parte.
O 'vício' acompanhou-me para o resto da vida.
Não que esteja à mesa com  livros à minha frente para distrair a aversão à comida mas porque o livro se tornou uma das minhas paixões.
Na minha infância era frequente trocar um qualquer brinquedo por um livro e na adolescência preferia andar de nariz no ar a 'farejar' prateleiras de livraria do que perder tempo a apreciar um brinquedo, por muito sofisticado que fosse.
Tornei-me eclético e ainda continuo a ler tudo o que vem parar às minhas mãos. Ficção, romance, aventuras, poesia, política, história, filosofia, geografia, ciência, Para além do tal livro de pano que até teve o condão de amenizar a minha fase de ódio à sopinha, à pescadinha cozida com batatinha e ovinho ou ao bifinho passado e à bananinha com bolachinha Maria, aos 66 anos, calculo que possua mais de 1200 livros.
Não consigo nomear o livro de que gostei mais de ler. Para além de difíil, senão impossível, seria inútil o esforço pois deixaria sempre de fora uma série deles de que gostei também imenso de ler.
Posso, todavia fazer um pódio com três obras que me marcaram. 

'O Despertar dos Mágicos' de Louis Pawels e Jacques Bergier (1960).
A ideia de que uma quantidade de conhecimentos científicos e técnicos, alguns dos quais de civilizações extraterrestres, têm sido mantidos em segredo durante longos períodos da história, Para os autores, a fantasia não é "a ocorrência do impossível", mas "uma manifestação das leis naturais" filtradas por preconceitos religiosos e pelo conformismo. 
Critica o cientismo do séc XIX, evoca a ideia duma sociedade internacional secreta, que junta mentes intelectualmente avançadas e aborda o tema das civilizações perdidas. Fala longamente sobre a teoria da Terra oca.
Dedica-se à explicação de capacidades mentais do homem, à parapsicologia, à telepatia, ao espírito "mágico" e aos "mutantes".

"Cem Anos de Solidão" é uma obra do colombiano Gabriel Garcia Marquez, (Maio de 1967), considerada uma das obras mais importantes da literatura latino-americana. 
A passa-se numa aldeia fictícia na América Latina fundada pela família Buendía. A primeira geração desta família peculiar é formada por José Arcadio Buendía e Úrsula Iguarán. Este casal teve três filhos: José Arcadio, rapaz forte, viril e trabalhador; Aureliano, contrasta com o irmão mais velho era filosófico, calmo e introvertido; Amaranta, a típica dona de casa de uma família de classe média do século XIX. E Rebeca, enviada da aldeia, sem pai nem mãe.A história desenrola-se à volta desta geração e dos filhos, netos, bisnetos e trinetos, com a particularidade de Úrsula ter estado sempre presente pois terá vivido entre 115 e 122 anos. 

'Memorial do Convento' é um romance de José Saramago, de 1982, traduzido em mais de 20 línguas e dos mais conhecidos internacionalmente pelo nosso prémio Nobel da Literatura. 
A acção decorre durante o reinado de D. João V e dos tempos da Santa Inquisição em PortugalAtravés da íntima relação entre a narração ficcional e a histórica, o romance critica a exploração dos pobres pelos ricos, que origina a guerra e a corrupção pertencentes à natureza humana - com especial enfoque na corrupção religiosa. Revela igualmente o tema do solitário que luta contra a autoridade, recorrente nas obras do escritorVer e não ver são as chaves simbólicas do romance. Baltasar tem a alcunha de Sete-Sóis, porque apenas consegue ver à luz, enquanto que Blimunda é chamada de Sete-Luas, porque consegue ver no escuro, Assim, esta dupla, cuja alcunha contém o Sete e a relação Sol-Lua, representa simbolicamente o uno.

Um dia poderei explicar porque considero estas três obras com direito  a pódio... 
Uma coisa tenho por certa. O livro é essencial como fonte de conhecimento, companhia e prazer!

quarta-feira, 22 de abril de 2015

FACTOS SÃO FACTOS

BOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOA  NOITE......
PARA QUEM PUDER, é claro que alguns vão dormir menos bem depois da colossal desilusão de Munique; mas, enfim! A vida não acaba aqui e no doming há mais com a visita à capital para defrontar os 'lampiões na catedral. Acredito que irá ser um grande jogo, principalmente porque ao Porto e ao Benfica agora só interessa mesmo ganhar a Liga.


HOJE, A APRESENTAÇÃO DO CENÁRIO ECONOMICO PARA A PRÓXIMA DÉCADA, livrinho que segundo Costa não é a Bíblia mas apenas um guia para orientação do programa de governo. Seja assim ou assado, o que é facto é que está dado o mote e a campanha começou.PSD e CDS já vieram dizer cobras e lagartos como lhes compete enquanto à esquerda, PCP e BE, "VIR'Ó DISCO E TOC'Ó MESMO".Por momentos, deixou de se falar em presidentes da república....o programa segue dentro de momentos!


A COMISSÃO EUROPEIA LÁ REUNIU para alinhar algumas medidas a propósito da crise humanitária que está instalada no mediterrâneo. É claro que com a gravidade da situação actual depois de tanto tempo a assobiar para o ar, a Europa tem agora que andar depressa e bem. Não são estes políticos de pacotilha que ditam o que quer que seja que vá resolver o problema. Esta Europa parece-se cada vez mais com uma colossal 'jangada de pedra' à deriva...

DURÃO BARROSO (lembram-se dele?) CONTINUA A PROVOCAR O VÓMITO cada vez que revela o que se passa na sua mente infecta. Agora, numa qualquer conferência que nem importa saber qual, resolveu declarar que A TROIKA AFINAL EXAGEROU AS MEDIDAS NOS PAÍSES QUE TIVERAM PROGRAMAS DE AJUSTAMENTO. EXAGEROU???? Enquanto o Zé Manel aquecia o traseiro nas estofadas cadeiras do bem bom, os portugueses, espanhois, gregos e irlandeses iam empobrecendo com o assalto da Troika às suas vidas, o Zé Manel achava muito bem e até se deu ao dislate de recomendar JUÍZINHO aos portugueses. Agora que isto está tudo podre e a dar-se o reviralho, o Zé Manel, no seu sabático período, anda a opinar ao contrário? Diz-se que só os burros não mudam; mas o Zé Manel não é burro....será besta?

E HOJE FOI TAMBÉM O DIA EM QUE A TAXA EURIBOR A 3 MESES CAIU PARA VALOR NEGATIVO. Sinal dos tempos e, apesar dos beneficios para quem pediu dinheiro emprestado, sobretudo no credito à habitação, este é também o sinal de que a economia não arranca e o dinheiro apesar de estar mais barato que nunca, NÃO HÁ DISPONÍVEL!!!
A crise financeira continua nos próximos episódios.
..

E, PASSAM 55 ANOS que foi inaugurada uma nova capital federal do BRASIL. BRASÍLIA, construída de raíz para o efeito, na região centro oeste, no Planalto Central do território brasileiro, tornou-se na maior cidade do mundo assim edificada no século XX, para acolher cerca de 2,6 milhões de cidadãos residentes. Inaugurada em 21 de abril de 1960, pelo então presidente Juscelino Kubitschek, Brasília tornou-se formalmente a terceira capital do Brasil, após Salvador e Rio de Janeiro. Vista de cima, a principal área da cidade se assemelha ao formato de um avião ou de uma borboleta.


41 ANOS ATRÁS, era apenas mais uma noite de segunda feira. Uma semana que se iniciara como qualquer outra, em plena 'primavera' Marcelista, à espera da quarta feira e de (possivelmente) mais uma conversa em família no único canal generalista da altiura, a preto e branco. Amanhã seria a ante véspera da madrugada em que tudo aconteceu....o 25 DE ABRIL estava a 4 DIAS APENAS!!!!

Tenham uma excelente noite!

terça-feira, 21 de abril de 2015

ANATOMIA DE UM MONUMENTAL FALHANÇO!

Com a devida vénia transcrevo um artigo do director adjunto do Expresso

Fez no dia 6 de abril quatro anos que Portugal pediu ajuda internacional. 
É mais do que tempo de fazer o balanço dos erros, mentiras e traições deste período e desconstruir o discurso que os vencedores têm produzido sobre o que se passou.
1 A 4 de abril, Angela Merkel elogia os esforços do Governo português para combater a crise, através de um novo plano de austeridade, o PEC 4. Com o apoio da chanceler alemã e do presidente da Comissão Europeia havia a real possibilidade de Portugal conseguir um resgate mais suave, idêntico ao que Espanha depois veio a ter. O primeiro-ministro, José Sócrates, dá conta ao líder da oposição, Pedro Passos Coelho, do que se passa. Este, pressionado pelo seu mentor e principal apoio partidário, Miguel Relvas, recusa-se a deixar passar o PEC 4, dizendo que não sabia de nada e que não apoiava novos sacrifícios. O seu objetivo é a queda do Governo e eleições antecipadas (ver o livro “Resgatados”, dos insuspeitos jornalistas David Dinis e Hugo Filipe Coelho). O Presidente da República, Cavaco Silva, faz um violento ataque ao Governo no seu discurso de posse, a 4 de abril, afirmando não haver espaço para mais austeridade. Os banqueiros em concertação pressionavam o ministro das Finanças. Teixeira dos Santos cede e coloca o primeiro-ministro perante o facto consumado, ao anunciar ao “Jornal de Negócios” que Portugal precisa de recorrer aos mecanismos de ajuda disponíveis. Sócrates é forçado a pedir a intervenção da troika. Merkel recebe a notícia com estupefação e irritação.
2 O memorando de entendimento (MoU) é saudado por políticos alinhados com a futura maioria, por economistas de águas doces, por banqueiros cúpidos e por comentadores fundamentalistas e bastas vezes ignorantes, pois, segundo eles, por cá nunca ninguém conseguiria elaborar tal maravilha. Hoje, pegando nas projeções para a economia portuguesa contidas no MoU, é espantoso constatar a disparidade com o que aconteceu. Em vez de um ano de austeridade tivemos três. Em vez de uma recessão não superior a 4%, tivemos quase 8%. Em vez de um ajustamento em 2/3 pelo lado da despesa e 1/3 pelo lado da receita, tivemos exatamente o contrário: uma austeridade de 23 mil milhões reduziu o défice orçamental em apenas 9 mil milhões. Em vez de um desemprego na casa dos 13%, ultrapassámos os 17%. Em vez de uma emigração que não estava prevista, vimos sair do país mais de 300 mil pessoas. E em vez da recuperação ser forte e assente nas exportações e no investimento, ela está a ser lenta e anémica, assentando nas exportações e no consumo interno. A única coisa que não falhou foi o regresso da República aos mercados. Mas tal seria possível sem as palavras do governador do BCE, Mario Draghi, no verão de 2013, ou sem o programa de compra de dívida pública dos países da zona euro? Alguém acredita que teríamos as atuais taxas de juro se não fosse isso, quando as agências de rating mantêm em lixo a nossa dívida pública? Só mesmo quem crê em contos de crianças.
3 Durante o período de ajustamento, Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, sublinhou sempre que o nosso sistema financeiro estava sólido. Afinal, não só não estava sólido como tinha mais buracos do que um queijo gruyère. BCP, BPI e Banif tiveram de recorrer à linha pública de capitalização incluída no memorando da troika, o BES implodiu, a CGD foi obrigada a fazer dois aumentos de capital subscritos pelo Estado, o Montepio está em sérias dificuldades — e só o Santander escapou.
4 O ex-ministro das Finanças, Vítor Gaspar negou durante dois anos que houvesse um problema de esmagamento de crédito às empresas. Pelos vistos desconheciam que a esmagadora maioria das PME sempre teve falta de capital, funcionando com base no crédito bancário. Como os bancos foram obrigados a cortar drástica e rapidamente os seus rácios de crédito, milhares de empresas colapsaram, fazendo disparar o desemprego. Gaspar e a troika diriam depois terem sido surpreendidos com esta evolução.
5 Passos Coelho disse e redisse que as privatizações tornariam a economia portuguesa muito mais competitiva, levando os preços praticados a descer. Pois bem, a EDP foi vendida a muito bom preço porque as autoridades garantiram aos chineses da Three Gorges que os consumidores portugueses continuariam a pagar uma elevada fatura energética. E assim tem sido. Os franceses da Vinci pagaram muito pela concessão da ANA porque lhes foi garantido que poderiam subir as taxas sempre que o movimento aeroportuário aumentasse. Já o fizeram por cinco vezes. O Governo acabou com a golden share na PT e não obstou à saída da CGD do capital da telefónica. Depois assistiu, impávido e sereno, ao desmoronamento da operadora. A CGD foi obrigada pelo Governo a vender por um mau preço a sua participação na Cimpor. Hoje, a cimenteira é uma sombra do que foi: deixou de ser um centro de decisão, de competência e de emprego da engenharia nacional. Os CTT foram privatizados e aumentaram exponencialmente os resultados, à custa da redução do número de balcões e da frequência na entrega do correio.
6 A famosa reforma do Estado resumiu-se na prática a aumentar impostos, cortar salários, pensões e apoios sociais, bem como a fragilizar as relações laborais, flexibilizando o despedimento individual, diminuindo o valor das indemnizações, reduzindo o valor do subsídio de desemprego e o seu tempo de duração. O modelo económico passou a assentar numa mão de obra qualificada mas mal paga, em empregos precários e não inovadores, em trabalhadores temerosos e nada motivados.
7 O programa de ajustamento fez Portugal recuar quase 15 anos. Perdemos centro de decisão e de competência e não apareceram outros. A classe média proletariza-se sob o peso dos impostos. Nos hospitais reaparecem doenças e epidemias há muito erradicadas. O investimento estrangeiro estruturante não veio, o perfil da economia e das exportações não se alterou, a aposta na investigação eclipsou-se. E tudo para se chegar a um ponto em que a troika nos continua a dizer que já fizemos muito mas que é preciso fazer mais — e os credores internacionais nos vão manter sob vigilância até 2035. Sob o manto diáfano da fantasia, a nudez forte da verdade mostra que este ajustamento não teve apenas algumas coisas que correram mal — foi um colossal falhanço. E, desgraçadamente, os próximos anos vão confirmá-lo.


segunda-feira, 20 de abril de 2015

LAMPEDUSA

Nesta perspectiva fotográfica, até poderia ser Portugal, à deriva em pleno oceano, 
MAS, NÃO É. 

LAMPEDUSA ficou conhecida no mundo em 1986 por causa de dois mísseis de fabricação soviética, lançados por Muammar Kadhafi, o então ditador da Líbia. Os mísseis acabaram por não atingir a ilha siciliana, e o que explodiu por lá foi o turismo.
QUANDO O MAR ESTÁ MAIS CALMO, milhares de pessoas amontoam-se em barcos precários. Com a superlotação, as brigas também são frequentes. O principal ponto de saída é Trípoli. A travessia de menos de 300 quilometros pode durar três dias. Muitos ficam à deriva.


O ÚLTIMO NAUFRÁGIO ocorreu a cerca de 27 milhas da costa líbia e a 120 milhas da ilha italiana com cerca de 700 mortos e desaparecidos que a comunicação social tem feito eco em tudo quanto é canto do mundo ocidental é mais um episódio da tragédia humanitária que envolve milhões de pessoas que tentam fugir da morte em regiões tão longinquas como o Mali, o Níger, a Eritreia, o Chade e o Sudão. Atravessam o deserto a pé, expostos a toda a espécie de provações, assaltos, violência até chegarem a porto seguro, a um qualquer sítio que lhes possa dar esperança e paz. 


INFELIZMENTE PARA ELES, e para os europeus, não será esta Europa, liderada, anos a fio, por uma geração de políticos incompetentes e corruptos que assobiam para o lado num desavergonhado jogo de empurra para os países da periferia como se a questão fosse apenas dos países do sul e não de toda a União Europeia.

ALIÁS, CABE LEMBRAR que toda esta catástrofe tem raízes nas negociatas entre alguns países europeus e norte africanos quando os ditadores na Argélia, Tunísia, Líbia e Egipto e também no médio oriente do Iraque e da Síria tinham o 'amen' nos principais países europeus que cresciam na sombra protectora de uma política sem escrúpulos com a promessa de que os perpetuariam no poder como se se tratassem de pequenos deuses.

Depois, quando os monstros se tornaram inoportunos e passaram a representar um perigo para os seus próprios 'criadores' foi necessário armar quem os derrubasse apoiando uma designada 'primavera árabe' que parecia o melhor dos mundos, com uma democracia à ocidental mas que em breve desembocaria numa completa desordem prenunciadora do caos económico e social cujo principal aproveitador foi a facção mais radical que se difundaria em todo o mundo árabe omo um rastilho, um autodenominado 'estado islâmico', símbolo da guerra contra o 'infiel' e de todos os extremismos e terrores.
E, chegados a este ponto, aliviam-se consciências com o protesto hipócrita e a ladaínha das falsas revoltas do costume mas sempre se continua a assobiar para o lado emquanto os cadáveres se vão amontoando e o problema dos clandestinos se vai avolumando junto das populações que, pelo menso até agora, os vão acolhendo como podem.
O porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados já afirmou este domingo que esta pode tratar-se de uma das maiores tragédias humanitárias de sempre no Mediterrâneo.

No sábado, o Papa Francisco deixou o pedido às autoridades de todo o mundo para um maior empenho na solução do problema da imigração ilegal, na audiência com o novo presidente de Itália, Sergio Mattarella. 

terça-feira, 14 de abril de 2015

VAI UM CAFÉZINHO?

HOJE É O DIA MUNDIAL DO CAFÉ!


Isto há dias para tudo, portanto já nada se estranha. CAFÉ!
Ainda me lembro dos tempos em que íamos aqui ao lado, e bebíamos uma mistela intragável a que se chamava 'café solo' porque se não se pedisse 'solo' vinha logo uma espécie de meia de leite numa espécie de almoçadeira...enfim! Vai uma bica? Sai um cimbalino! Venha de lá um expresso.. eu continuo a preferir de saco, bem aromático.

SERÁ a bebida preferida dos portugueses; 

temos bom café, é facto.

Como povo colonizador de outras eras, muito dado a misturas, também no café fomos para as misturas e demo-nos bem. Existem várias espécies de café, mas as mais conhecidas são: Arábica e Canephora (robusta ou conilon).

NA PRODUÇÃO, CUIDADOS iniciam-se com a escolha do local (altitude, tipo de solo, vertente de insolação), o espaçamento entre plantas, o controlo de doenças e pragas.

Na colheita, os frutos devem estar em seu ponto máximo de maturação, e ser colhidos sem que entrem em contato com a terra, para que não se contaminem com microorganismos. 

Depois de lavado, o café é secado no terreiro (ao sol) ou em secadores mecânicos. 
A torrefação e o grau de moagem são fundamentais para a definição do tipo de bebida. O ponto ideal, que revela todo o sabor e aroma tem a cor de chocolate.

BRASIL e COLOMBIA são os dois primeiros produtores mundiais de café mas o Vietname está já a caminho de tirar o segundo lugar aos colombianos depois de em pouco mais de vinte anos ter iniciado uma verdadeira 'cavalgada' na plantação de café. Em África, embora longe das produções dos países sulamericanos, vem o Quénia, Etiópia e Tamzânia.

QUEREM SABER O QUE SÃO 100 gramas de café? 

Gordura 0,02 g;gordura saturada 0,02 g; Gordura monoinsaturada 0,015 g; Gordura polinsaturada 0,001 g; Água 99,39 g; Proteínas 0,12 g; Cafeína 40 mg; Vitamina B1 0,014 mg; Vitamina B2 0,076 mg; Vitamina B3 0,191 mg; Vitamina B5 0,254 mg; Vitamina B6 0,001 mg; Vitamina E 0,01 mg; Vitamina K 0,0001 mg; Cálcio 2 mg; Ferro 0,01 mg; Magnésio 3 mg; Manganésio 0,023 mg; Fósforo 3 mg; Potássio 49 mg: Sódio 2 mg: Zinco 0,02 mg.

3 a 4 CHÁVENAS POR DIA E CHEGA...

O consumo moderado de café previne problemas tão diversos como Parkinson, depressão, diabetes, cálculos renais e o cancro de cólon. Melhora a atenção e concentração intelectual, o desempenho escolar e a produtividade no trabalho.Previne o enfarte do miocárdio melhorando a taxa de oxigenação do sangue, malformação fetal, cancro da mama, aborto, úlcera gástrica Segundo alguns estudos, o seu consumo poderá mesmo baixar o risco de cancro da próstata em 60%.


A CAFETEIRA DO CONDE DE RUMFORT 
deu um grande impulso à proliferação da bebida, ajudada ainda por uma outra cafeteira de 1802, da autoria do francês Descroisilles, onde dois recipientes eram separados por um filtro.





Em 1855, foi apresentada, em Paris, uma máquina expresso (à pressão) desenvolvida, em Itália por uma firma que viria a dar no norte o nome de 'cimbalino' à chávena de café expresso (La Cimbali).


A moda da bebida fez crescer um novo tipo de loja comercial. em Portugal e por toda a Europa, o Café Nicola, em Lisboa, onde se encontravam políticos e escritores, entre os quais o poeta Bocage, ou o Martinho da Arcada, onde Fernando Pessoa (ou cada um dos seus heterónimos) escrevia tardes e tardes a fio, fizeram história, bem como o Palladium com os seus bilhares, entre os demais localizados especialmente na Baixa. 

No Porto foi o Majestic, o primeiro entre outros.


E PRONTO!Tenham uma excelente tarde...com um cafézinho!

quinta-feira, 9 de abril de 2015

MAS QUE FILHOS DA PUTING

Resolvi não perder as sessões da comissão parlamentar de inquérito ao 'desastre' BES/GES, como qualquer cidadão que gosta de andar informado; e, também, preocupado e solidário, à partida, com todos os que 'investiram' as suas poupanças (muitos deles, poupanças de uma vida) em papel comercial acima de qualquer suspeita. 
 
Achei a imaginação  do senhor Ricardo Salgado, o máximo; 
os primos do senhor também foram muito bem nos seus papeís de anjinhos de coro; escutei com muita compaixão a falta de memória do senhor Zeinal Bava, coitado tão novo ainda; 
abri a boca de espanto, por várias vezes, com as revelações do senhor Granadeiro, um extraordinário passa culpas; 
não pude deixar de sorrir com a paródia que é o senhor Carlos Costa do BdP e a arte de sacudir os pingos do ombro quando o que ele precisa é de um enorme guarda chva; 
fiquei divertido, também, com o senhor Carlos Tavares da CMVM e o seu jogo do empurra; achei um espectáculo tudo o que o senhor Sobrinho do BESA nos veio revelar sobre a dinheirama que desapareceu; 
e até o senhor Pacheco que lidava com os dinheiros do BES e que parece que afinal só fazia uns recados, etc, etc, etc, etc, etc...

E, sinceramente, estou convencido! 

Fiquei a saber que houve uma take over sobre a PT, o que provocou um dawnsizing na empresa e impediu o advanced freight
Sendo assim, o asset allocation baseado num appraial report, que é o allotment indicado, provocou um average price muito baixo, reduzindo os back to back ao mínimo. Ora, o bid price provocou um dumping e uma floating rate incomportável com o funding previsto pelos supervisores. 
Deixou, pois de existir uma verdadeira hedge, o que levou ao levantamento de hard cash em grande quantidade. Se considerarmos que o ICVM , ao fim do período estava a deteriorar-se e os pay-out continuavam a baixar, a única solução seria o payabre to the bearer de eventuais incomes da empresa.
Voltando um pouco atrás, o pool entre Bes e Ges , fez diminuir drasticamente o portfólio dos clientes, levando inevitavelmente a um revolving credit que abrangeu a maioria dos shareholders de ambas as empresas. 
Como é evidente o pricecut da Rio Forte foi inevitável e a take over sobre a mesma também. O gross profit baixou significativamente, aumentando o grade period e o bank rate.

Agora digam-me! 
Com operações tão complexas como é que se há-de pagar assim sem mais nem menos?
Tenham paciência. Depois daquelas cabeças pensantes terem gasto o bestunto para conseguirem delapidar um império, roubar uns milhares de incautos e ainda por cima, não saberem depois onde é que puseram tanto milhar de milhão de euros...

Então não são mesmo filhos da puting?


PS: È claro (digo eu) que a comissão parlamentar de inquérito se esqueceu de ouvir aquela senhora com a bata verde e meias de lá pelo joelho, de aspirador na mão, limpava todas as manhãs o gabinete do senhor Ricardo ou aquele senhor que aparecia sempre de impecável libré verde e tirava o boné nuns reverentes 'bons dias' enquanto abria a porta do 'Rolls' do senhor Ricardo....são eles, de certeza, os principais culpados!

segunda-feira, 6 de abril de 2015

O DIA EM QUE SÓCRATES SE RENDEU

COM O PAÍS REFÉM DA DECISÃO de três homens (José Sócrates, Teixeira dos Santos e Carlos Costa) pois só eles dispunham da informação mais correcta da situação e tinham acesso aos fóruns internacionais onde tudo se decidia, O PM recusava o auxílio da 'troika' e dizia que o mesmo teria um impacto devastador na estrutura socio economica do país, mas o ministro das finanças, agindo por conta própria, numa entrevista ao jornal de negócios revelava a bancarrota iminente, enquanto que Carlos Costa alertava para o risco do país deixar de poder honrar os seus compromissos.
Perante a escusa de Cavaco Silva, em aceder ao pedido do PM para interceder junto dos banqueiros com a compra de mais dívida pública, foram mesmo os banqueiros que tiraram o tapete a José Sócrates, recusando-se a comprar mais dívida, com Ricardo Salgado, à frente de todos eles.
... ÀS 20H38 DE 6 DE ABRIL DE 2011 ...
os principais canais interromperam os telejornais para emitir aquela que, porventura, terá sido a declaração mais importante da vida política de José Sócrates.
A rejeição do PEC IV, a 23 de Março de 2011, acabou por precipitar uma crise política, em curso desde Outubro de 2010.
Um dia, quando os documentos confidenciais ficarem acessíveis, saber-se-á com rigor por que razão o país foi forçado, pela terceira vez na sua história democrática, a procurar ajuda externa.