segunda-feira, 5 de outubro de 2015

REFLEXÃO

O senhor presidente da república está em período de reflexão apesar de ter dito que já tinha tudo previsto, visto e revisto e que não era sensível a pressões.
Por isso, sua excelência o senhor presidente da república faltou às comemorações da república porque já tinha tudo previsto, visto e revisto e não é sensível a pressões.
 
O senhor presidente da república está, felizmente, em fim de mandato mas quer deixar o seu partido no poder quando, finalmente, fechar a luz e bater a porta no palácio de Belém.
Por isso, o senhor presidente da república chamará o senhor presidente do psd e actual primeiro ministro para lhe pedir que forme um novo governo, o qual aceitará a incumbência como 'chefe' da coligação de direita.

O senhor secretário geral do PS será o próximo a ir a Belém para que o senhor presidente da república fique a saber se a intenção será manter ou como prometeu na campanha, votar contra o orçamento que for apresentado pela coligação de direita.
O senhor secretário geral dos socialistas dirá que, caso as 'linhas vermelhas' traçadas pelo partido socialista sejam ultrapassadas, o partido votará contra e o governo cairá!
 
Ora como o governo não poderá deixar de ultrapassar as 'linhas vermelhas' traçadas pelos socialistas, das duas uma ou o governo cai ou desaparece o ps!
De qualquer maneira, volta a ser o ps a ter na mão a solução para o problema!
Ou vota contra o orçamento e faz cair o governo.
Ou se abstém e deixa passar o governo para um banho-maria político que ficará até que o partido socialista resolva a sua crise interna ou seja eleito um novo presidente da república que dissolva a assembleia da república para novas eleições.
Ou se espera que a cdu e/ou be e/ou ps apresentem moções de censura e o governo caia.

Então e se a coligação precipitar a sua própria queda na esperança de voltar a receber a maioria nas eleições seguintes quando for eleito um novo presidente?

Lembram-se que já aconteceu quando o actual presidente da república era primeiro ministro?
Seja como for, os próximos tempos vão ser de instabilidade permanente e a coligação vai ser chamada a fazer aquilo que nunca soube nem quis fazer enquanto foi maioria: negociar!
Veremos se sabe e se quer?