terça-feira, 17 de novembro de 2020

TEMPTABIS LAPIDEM PRIMUS


Foi a 17 de Novembro de 1717 que EL REY DOM JOANNES V procedeu ao "temptabis lapidem primus" (lançamento da primeira pedra), promessa feita pela descendência que viesse a ter com a rainha D. Maria Ana de Áustria do PALÁCIO NACIONAL DE MAFRA

Composto por um palácio e mosteiro monumental estilo barroco alemão de autoria do arquitecto mor do reino, João Frederico Ludovice, ocupa uma área aproximada de quatro hectares (37 790 m²). Construído em pedra lioz abundante na região é constituído por 1 200 divisões, 4 700 portas e janelas, 156 escadarias e 29 pátios e saguões. Demorou 36 anos a ser edificado.
Destinado à Ordem de São Francisco foi pensado numa fase inicial para 13 frades, foi sucessivamente alargado para 40, 80 e finalmente uma comunidade de 300 religiosos e tendo lhe sido acrescentado o palácio real.

Entre Junho e Dezembro de 1970 "habitei" no Convento não monge franciscano mas soldado cadete da Escola Prática de Infantaria. Não gostei muito!

Monumento Nacional declarado em 2019 Património Mundial da Humanidade pela UNESCO.
É tema da obra Memorial do Convento, de José Saramago.


Fiquem com uma pequeníssima visita à nave da Basílica

SALA DOS DESTINOS - No tecto, da autoria de Cirilo Volkmar Machado, está representado o "Templo do Destino", destacando-se a figura da Providência que entrega a D. Afonso Henriques o Livro dos Destinos da Pátria. 

SALA DO TRONO - Destinada às audiências régias. A pintura do tecto representa uma alegoria à "Lusitânia" e faz parte da campanha decorativa que Cirilo Volkmar Machado executou no Palácio a partir de 1796 por encomenda do Príncipe Regente, futuro rei D. João VI. Paredes decoradas com pinturas a fresco representando as oito Virtudes Reais, da autoria de Domingos Sequeira (1768-1837).

SALA AMARELA - Também conhecida por Sala da Música ou Sala de Recepção. A Família Real recebia aqui os seus convidados, substituindo a Sala de Audiências (do Torreão Norte) depois de D. Pedro V abolir o tradicional beija-mão real nas datas festivas. 

BIBLIOTECA - O maior tesouro de Mafra é a sua biblioteca, com chão em mármore, estantes em estilo rococó e uma coleção de mais de 40.000 livros com encadernações em couro gravadas a ouro, incluindo uma segunda edição de Os Lusíadas de Luís de Camões.Situada ao fundo do segundo piso é a estrela do palácio, rivalizando em grandiosidade com a Biblioteca da Abadia de Melk, na Áustria. Construida por Manuel Caetano de Sousa, tem 88 m de comprimento, 9.5 de largura e 13 de altura. O magnífico pavimento é revestido de mármore rosa, cinzento e branco. As estantes de madeira estilo rococó, situadas em duas filas laterais, separadas por um varandim contêm milhares de volumes encadernados em couro, testemunhando a extensão do conhecimento ocidental dos séculos XIV ao XIX. 

www.palaciomafra.gov.pt/pt-PT/biblioteca/ContentList.aspx