Finalmente um dia de Primavera, com tecto azul imaculado e o cenário verde e dourado de paredes pintadas de alegria, ruidoso chilrear das aves que batem asas em bandos e corolas à beira de um ataque de nervos, empurrando-se nos canteiros para melhor mostrarem o colorido dos chapéus de pétalas.
21ºC e um Sol fantástico a cheirar a Verão.
E eu, entusiasmado, antes de ler as notícias...
Mais de 7 em cada 10 famílias portuguesas (74%) assumem ter tido dificuldades financeiras em 2022, de acordo com a DECO Proteste.
Comparativamente a 2021, o Barómetro da DECO Proteste revela que a dificuldade em enfrentar as despesas com a alimentação sofreu o maior aumento (15%), seguindo-se as despesas com a habitação (5%) e a mobilidade (4%). Cerca de três quartos (74%) das famílias enfrentam, mensalmente, dificuldades financeiras, sendo que 8% se encontram em situação crítica com dificuldade em pagar as despesas ditas essenciais (mobilidade, alimentação, saúde, habitação, lazer e educação)".
Crise? Qual crise?
O secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, anunciou, que a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) está no terreno, numa operação nacional, a fiscalizar os preços dos supermercados.
"Intensificámos a fiscalização e hoje, Dia Mundial do Consumidor, sendo um tema que marca e preocupa os portugueses, estamos a avançar com uma operação nacional, com a ASAE, que mobiliza 45 brigadas e 90 inspectores em todo o país. É a maior operação de fiscalização nesta matéria que vamos fazer e que hoje está no país a fiscalizar os preços", disse o secretário de Estado, em declarações à RTP3.
Esta ação está a decorrer para "saber também a especulação em termos de preços", disse Nuno Fazenda, e para as diferenças entre o preço indicado na prateleira e o preço pago em caixa.
Parece que os senhores governantes começaram a ir, também, às compras! Mais vale tarde que nunca!
ACP - Comboios de Portugal indica que dos 66 comboios regionais previstos não se fizeram 23 ligações e nos urbanos de Lisboa foram suprimidos 24 dos 115 programados. Nos urbanos do Porto, foram suprimidos apenas 6 dos 53 previstos. Quanto aos comboios de longo curso, tal como na terça-feira, realizaram-se todas as ligações (11) previstas até às 08:00.
A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) contra a última proposta de aumentos salariais de 51 euros, que representa uma progressão média na carreira de 3,89%, que a estrutura sindical considera "claramente inaceitáveis".
Os trabalhadores iniciaram a greve à prestação de todo e qualquer trabalho das categorias representadas pelo SMAQ, desde as últimas horas de quinta-feira e até às primeiras horas de sábado.
Claro que nos urbanos é que se faz a diferença. Mas uma greve de maquinistas era coisa que já não se sentia há muito tempo...
Assembleia da República debate habitação a pedido do PSD. O debate, que contará com a presença da ministra da Habitação, Marina Gonçalves, servirá para discutir o pacote apresentado pelos sociais democratas na semana passada e iniciativas de Chega, IL, BE, PCP e Livre, com votação de um total de 13 diplomas no final da discussão.
O líder parlamentar do PS manifestou abertura para "continuar a discutir" este tema, sem concretizar que propostas poderão ser viabilizadas para a discussão na especialidade.
O Governo apresentou o pacote "Mais Habitação", num processo que só ficará fechado em Conselho de Ministros no final de Março, e várias das propostas a terem de passar ainda pelo parlamento.
Na semana passada, o PSD apresentou um conjunto de diplomas, cujo custo disse não ser possível quantificar sem dados que só o Governo possui, mas que considerou "acomodáveis no Orçamento do Estado para 2024".
A especialista nas políticas de habitação, Helena Roseta, considera, que "tem faltado trabalho de casa" aos partidos políticos sobre a questão da habitação em Portugal, salientando que o "debate tem sido muito pobrezinho".
"A habitação faz-se para ser usada, não se faz para estar ali parada quando ela é tão necessária", começou por dizer, em entrevista à RTP3.
E eu faço minhas as palavras dela: "A habitação é para ser usada!"
e acrescento: não para ser especulada!"
A China afirma-se como novo "árbitro global" com Pequim a exibir uma vitória fundamental na esfera de influência dos Estados Unidos escreve hoje o Público nas suas páginas centrais, ao apadrinhar as novas relações diplomáticas entre Riad (Arábia Saudita) e Teerão (Irão) e acrescenta que Xi Jiping irá brevemente a Moscovo numa cimeira com Putin para apresentação de proposta para a paz.
Se isto não é o nascer de uma nova ordem internacional, então o que é uma "nova ordem" internacional?
Entretanto nos Estados Unidos, o ex-presidente norte-americano Donald Trump e o governador da Florida, Ron De Santis, rivais para a nomeação Republicana às presidenciais de 2024, convergiram no argumento de travar a ajuda financeira à Ucrânia.
Ambos argumentaram que o envolvimento norte-americano na ajuda à Ucrânia apenas aproximou a Rússia de outros Estados adversários, como a China, e condenaram que os Estados Unidos tenham fornecido milhares de milhões de dólares numa guerra insustentável.
Eu oiço e reflicto. Fácil de argumentar mas alternativa é que não há! Ou será que acabar com a ajuda e consagrar a invasão terrorista de Putin não trará ao ocidente maiores dores de cabeça?
E, HOJE, É DIA MUNDIAL DO CONSUMIDOR que foi criado para proteger e lembrar sempre dos direitos do consumidor, não apenas entre as pessoas que consomem, mas que também as empresas e lojas se lembrem do compromisso de respeitar leis que protegem os seus clientes.
O Dia Mundial dos Direitos do Consumidor foi instituído pela 1ª vez em 1962, pelo presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy, como defesa dos interesses dos consumidores americanos.
O presidente norte-americano deu quatro direitos fundamentais aos consumidores: direito à segurança; direito à informação; direito à escolha e direito a ser ouvido
Após 23 anos da acção, em 1985, a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) adoptou o dia 15 de Março como Dia Mundial do Consumidor, tendo como base as directivas da lei de Kennedy e o reconhecimento internacional para a data.