quarta-feira, 28 de maio de 2014

VAMOS LÁ TENTAR PERCEBER ISTO !


Já se contam espingardas no Largo do Rato, a 'guerra civil' parece pronta a estalar entre as hostes socialistas; jornalistas, comentadores, politólogos, sociólogos e outros que tais já esfregam as mãos pela hipótese de grande azáfamas opinativas, em período pós troika e pré legislativas. Tudo isto por causa do fraco resultado do PS que despoletou mais um avanço de Costa.
Então e se víssemos os resultados eleitorais desta maneira?

Deixemos as percentagens e o número de deputados eleitos, de lado, porque já todos estamos fartos de saber que a representatividade do método de Hondt tem as suas armadilhas e façamos uma análise comparada entre as eleições europeias de 2009 e 2014 considerando apenas os votantes em cada partido e coligação e assim ficaremos a saber quem mais ganhou e quem mais perdeu.
Pode ser interessante saber que:
MPT teve mais 211.109 votantes ( 23.410 votos em 2009 e 234.519 em 2014 )
PS ganhou 86.407 votos ( 946.475 votos em 2009 e 1.032.882 em 2014 )
CDU obteve mais 36.323 sufrágios ( 379.707 votos em 2009 e 416.030 em 2014 )
BE teve menos 232.445 votantes ( 382.011 em 2009 e 149.566 em 2014 )
PSD+CDS/PP perderam 527.869 votos ( 1.427.300 votos em 2009 e 909.431 em 2014 ).
Pela análise, e tirando o efeito 'Marinho e Pinto', pode concluir-se.
1- Afinal, o PS ganhou mais votos do que a CDU que foi referida como a grande vencedora, 
2- A Aliança perdeu mais de meio milhão de votos, do que PSD+CDS/PP em 2009. Ora, perder mais de um terço do eleitorado não é uma queda, é uma hecatombe!
Não tenho dúvida de que a abstenção (a mais elevada de sempre) e a fragmentação dos votos revelam alguma incapacidade de captação dos votos pelos socialistas o que pode ter uma leitura, necessariamente ligeira, das fragilidades que são assacadas tanto ao discurso como à figura do secretário geral do PS. 
Mas há que considerar a percepção instalada de que a generalidade dos políticos não é confiável e a ausência de unidade à esquerda que constituísse um programa válido e aceite como alternativa credível às medidas do governo e às imposições da 'troika', aumentou o número de abstencionistas, não esquecendo a emigração que retirou certamente às listas quase meio milhão de eleitores.
De resto, os votos em Marinho e Pinto, são como que sempre acontece em períodos de grandes dificuldades sociais e económicas e de incerteza política, quando um candidato com um discurso 'justicialista', visto como não comprometido com os poderes instituídos e com currículo anti governo. É o 'imã' do protesto mais do que uma possibilidade de efectiva mudança.
Por tudo isto, fiquei surpreendido (ou talvez não) pela opinião esmagadora dos 'opinion makers' das televisões e dos jornais de que não houve uma derrota histórica do PSD e do CDS/PP porque também não é possível encontrar uma vitória histórica?
Ou será que o cheiro de um poder que se adivinha já está a criar aquele formigueiro tão próprio dos grandes partidos 'plurais'? Não será que o terceiro avanço de Costa, neste momento, só pode servir uma direita em fanicos mas que pretende desesperadamente manter-se agarrada ao poder para não desaparecer totalmente.
Urge meditar sobre isto!

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domingo, 25 de maio de 2014

QUE MAL TEM? LEMBREI-ME APENAS...


Qual foi a última vez que a comunicação social divulgou uma notícia do vôo da Malaysia Airlines? Deixou de ser notícia. Os desaparecidos estão mesmo desaparecidos ou simplesmente foram 'encontrados' num local qualquer, algures por aí, que não se deve saber? Pronto! Aguarda-se os resultados de buscas? Que buscas? Ainda há buscas? Ou já só se finge que se procura o que se sabe que já foi encontrado? Que mal tem? Lembrei-me apenas...

O futebol anda a cheirar demais a petróleo e a gás. Ontem, os clubes eram espanhóis mas para sustentarem aquela legião milionária lá aprece nas camisolas do Real, a Fly Emirates e na do Atlético, o Azerbeijan, dois países que existem enquanto existir uma oligarquia rica que explora até ao tutano aquilo que devia ser um bem de todos.. Chelsea, Arsenal, Liverpool, PSG, Mónaco, Lille, Lyon, Basel, Barcelona, Zenit, Shaktar, Spartak Moscow e muitos outros por essa Europa fora.Clubes de futebol ou complexas máquinas de negócios onde lavar dinheiro também já vale? Que mal tem? Lembrei-me apenas...

Mais uma 'dona branca' desta vez de calças, apareceu para fazer parte da constelação de estrelas que despontam em épocas de crise para 'enganar' desesperados, ingénuos(?), gananciosos, 'chico-espertos'. Eu fico-me sempre perguntando ao espelho porque é que esta gente não arrisca, apenas, naqueles negócios propostos por gente de confiança como aqueles que já envolveram BCP, BPP, BPN, BANIF e agora BES? Se correr mal, a gente paga!!!! Afinal, para esses 'pequenos percalços' dos ricos sempre houve dinheiro disponível. Que mal tem? Lembrei-me apenas...

A polícia foi posta a separar tampinhas de plástico num armazém de uma sociedade de vinhos no Poço do Bispo em Lisboa para bater um recorde qualquer relacionado com uma bandeira. O sindicato das polícias pôs a boca no trombone, a comunicação social ampliou e o responsável por tamanha 'desordem' na polícia agora só aceita voluntários para a função! Isto é verdadeiramente extraordinário. Quem é o responsável? O mesmo que acha que se tem de gastar mais uns milhões em fardas novas para dar mais visibilidade? Para quê? Para os mandar para dentro de um armazém separar tampinhas de plástico? Que mal tem? Lembrei-me apenas...

O ministério da saúde quer por os médicos a cumprirem juras hipócritas quando já têm um juramento de Hipócrates para cumprir. Provavelmente, aos médicos seguir-se-iam os restantes profissionais de saúde porque os problemas, ultimamente chegados à tona em diversos hospitais do país, sobretudo em urgências, blocos operatórios, listas de espera, falhas de assistência e socorro são em tal número e de tal gravidade que, no mínimo, será ajuizado amordaçar os profissionais mais revoltados com as imposições meramente economicistas da tutela, para não aterrar o público caso a comunicação social lhes queira extorquir um desabafo que seja. Que mal tem? Lembrei-me apenas...
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VOU VOTAR!
E, levo na cabeça estas humildes lembranças..
Talvez, assim, por uma vez coloque a cruz num sítio que signifique: NÃO QUERO ISTO!!!
QUE MAL TEM? LEMBREI-ME APENAS....

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sexta-feira, 23 de maio de 2014

BONNIE & CLYDE


Bonnie Elizabeth Parker nasceu em Rowenna, no Texas a 1 de Outubro de 1910Clyde Champion Barrow nascera em Ellis a 24 de Março do ano anterior.
Bonnie teve uma infância pobre e difícil, com a mãe e os dois irmãos mais novos, depois do pai ter morrido quando ela tinha apenas seis anos. Descrita como uma jovem inteligente, de personalidade batalhadora e grande força de vontade, era aos vinte anos, quando conheceu Clide, uma pequena loira atraente de 1,50 m e 41 kg. Apesar da mais absoluta pobreza em que vivia, aos 12 anos era uma aluna muito aplicada a inglêsescrevia poemas de qualidade, tendo ganho em literatura, um concurso realizado no Condado. Na adolescência, a sua facilidade com a escrita fez com que chegasse a trabalhar escrevendo introduções aos discursos para políticos locais. Era descrita como uma jovem inteligente, de grande personalidade e uma força de vontade indomável, uma pequena jovem loura muito atraente de um metro e meio de altura e não mais do que quarenta quilos de peso. Bonnie casou-se com apenas quinze anos, com Roy Thornton, um rapaz do bairro em que vivia, mas a união não durou três anos e Roy foi condenado por roubo pouco tempo depois. 
Um ano depois, era empregada de mesa quando conheceu o homem que iria mudar a sua vida, 

Clyde, nascido numa família pobre de pequenos fazendeiros, desde cedo começou  a ter problemas com a polícia e a justiça. Com 16 anos foi preso pela primeira vez quando se pôs em fuga com um carro alugado que ele não tinha entregado à agência no devido tempo. A segunda prisão, desta vez junto com seu irmão Buck, foi por roubar perus numa oficina. Mesmo conseguindo pequenos trabalhos, Clyde continuava a praticando pequenos delitos assaltando lojas de conveniência e no roubo de automóveis.
Mas Clyde e Bonnie apaixonaram-se e formaram uma quadrilha com o irmão de Clyde e outros foras da lei que percorreu durante quase quatro anos o centro dos Estados Unidos, assaltando bancos, lojas e postos de gasolina, sempre com grande destaque nos meios de comunicação social, até serem mortos numa emboscada depois de uma árdua perseguição, durante, dias movida por mais de 100 polícias, a 23 de Maio de 1934 numa estrada perto de Bienville Parishen, noLouisiana.
Durante a fuga, Clyde escreveu a famosa carta  dirigida a Henry Ford com um rasgado elogio ao Ford V8 que sempre conduziu nos assaltos e nas fugas às perseguições e que se tornou no seu carro favorito: Abaixo, pode ler-se na célebre carta:
Tulsa, 10 de Abril de 1934
Mr. Henry Ford
Detroit - Michigan
Enquanto ainda consigo respirar, escrevo para manifestar a minha admiração pelo carro elegante que construiu. Tenho conduzido apenas Ford's, o carro que sempre tento roubar. Para manter a velocidade e a liberdade longe de problemas, o Ford deixa os outros carros para trás e, mesmo não sendo por razões legais, não ofendo ninguém por afirmar que o seu V8 é magnifico.
Cumprimentos,
Clyde C. Barrow.

  • Em 1967, o filme sobre a vida do casal de bandidos e amantes realizado por Arthur Penn com Warren Beatty e Faye Dunaway, nos dois principais papéis, foi um 'campeão de bilheteiras'; nomeado para dez Óscars, tendo conquistado dois, tornou-se um dos filmes mais emblemáticos dos anos 60 e 70.

terça-feira, 20 de maio de 2014

A SANTA ALIANÇA


A campanha eleitoral, pela mão de uma direita que mesmo coligada não consegue fazer um comício, juntar uma pequena multidão, é insultada nas tímidas 'arruadas' e ignorada nas visitas a feiras e mercados, tenta na demagogia política, na desonestidade intelectual e no insulto verbal, disfarçar o fracasso do governo e passar ao lado da revolta popular.
O que se ouve nas intervenções do cabeça de lista Paulo Rangel e do seu 'ajudante de campo' Nuno Melo não passa de um chorrilho de banalidades e de mentiras encapotadas com um único objectivo: fazer passar a ideia de que os socialistas foram responsáveis por terem conduzido o país à beira da bancarrota e que por isso se viram obrigados a chamar o FMI nas duas vezes anteriores
Assim, segundo a mistificação que montaram para fazer passar para a opinião pública a ideia terrível, é a de que o governo da 'santa aliança' foi vítima mais uma vez de um governo socialista que chamou a troika.

Talvez nem se torne necessário aprofundar o relato das crises a que se referem agora os partidários da 'santa aliança' quando Ramalho Eanes era Presidente da República e Mário Soares era o primeiro-ministro. 
Será importante esclarecer que em Fevereiro de 1977 quando o FMI aterrou pela primeira vez na Portela, o I Governo Constitucional com Mário Soares, primeiro ministro, tinha tomado posse há 4 meses e seguia-se à queda do VI governo provisório chefiado pelo Almirante Pinheiro de Azevedo, o sexto governo provisório em dois anos e meio
No segundo caso, quando o FMI chegou a Portugal em Julho de 1983, o IX governo do 'Bloco Central' chefiado por Mário Soares, tendo como vice Mota Pinto sucedia aos governos da AD de Sá Carneiro e de Pinto Balsemão, entre 1980 e 83.

Se aquilo que os senhores Paulo Rangel e o seu 'ajudante de campo' Nuno Melo querem fazer crer que quem se vê obrigado a governar sob programas de austeridade é quem, infelizmente, se segue a governos que levam o país à bancarrota, então percebi. 

Se em 1977, o colapso esteve iminente fais foram as tensões a que o país esteve sujeito durante os dois anos e meio de PREC (uma revolução não é coisa pouca) marcados pelos VI governos provisórios em dois anos, por lutas políticas que o levaram à beira de uma guerra civil; greves constantes e instabilidade laboral; ocupações, muitas de cariz selvagem; impacto sócio económico da descolonização, o regresso de dezenas de milhares de soldados e a integração de meio milhão de retornados; as nacionalizações da banca e dos seguros e de industrias e de empresas de serviços de dimensão nacional; consequentes fugas de capitais para o estrangeiro e também alguma emigração de técnicos qualificados; mais o choque do dos preços do petróleo desde 74 e a recessão internacional, o pedido era inevitável tal o estado a que se chegou.  
Em 1983, depois de  mais de 3 anos de governação da AD, uma 'santa aliança' em que os protagonistas eram exactamente PPD/PSD E CDS, voltou a haver necessidade de pedir o FMI. Nessa altura porque seria?

Será isto que Paulo Rangel e Nuno Melo querem dizer? Que os governos da AD também deixaram o país na bancarrota? Não é com certeza. As razões foram outras. Mas o que importa é denegrir Mário Soares e Partido Socialista a qualquer preço. Mas o que importa mentir mais uma vez ou mistificar a realidade de então? É o que já nos habituámos ouvir dos senhores das 'santas alianças'....mentiras e mistificações da realidade.

domingo, 18 de maio de 2014

A HISTÓRIA ÀS TRÊS PANCADAS DO SENHOR QUE VEIO DO LUXEMBURGO


JEAN CLAUDE JUNCKER que veio cá ajudar a Aliança Portugal na campanha para as europeias e, como candidato a sucessor do Durão Barroso, botou faladura sobre  a saída da troika, pois claro juntando louvores ao governo, pois ainda mais claro. 
Para o ataque a António José Seguro e ao partido socialista nada melhor que contar a história de um outro português que, segundo ele, até se parece com António José Seguro, apesar de séculos de diferença, "porque ele também apresenta propostas para gastar o dinheiro dos contribuintes, sem saber para onde vai". O português que assim é referido por Jean Claude Juncker chamava-se Cristóvão Colombo. 



Pois, alguém no PSD que explique (e já vai tarde) ao senhor que veio do Luxemburgo que:

1) Cristóvão Colombo que se tenha conhecimento, declarou a sua pátria no documento denominado "Fundacion de Mayorazgo", de 1497, onde falando de Génova diz que "dela saí e nela nasci". 

2) Existem registos como filho de Domenico Colombo e de Susana Fontanarubea, e neto de Giovanni Colombo, moradores no Bairro de Quinto (desde 1429) em Génova quando Cristobal de Colombo nasceu em 1451.
3) Quando partiu do porto de Palos (agora Cádiz) no fim de Outubro de 1492, ao serviço dos reis católicos de Espanha foi depois de passar vários anos em Córdova, estudando mapas, planeando a viagem e contactando outros exploradores, especialmente, genoveses e venezianos.
4) Terá vivido em Portugal, depois de um naufrágio do navio mercante genovês, em que seguia, para Gallway ter sido atacado por piratas. 

5) Cá desposou Filipa Moniz, filha de Bartolomeu Perestrelo. cavaleiro da casa do Infante D. Henrique e nomeado para comandar a Capitania de Porto Santo, daí atribuir-se morada nesse local durante alguns anos a Colombo.
6) O projecto terá surgido em colaboração com o seu irmão Bartolomeu após um processo de formação e maturação, a travessia do único oceano conhecido à época, o Atlântico, em direcção à Ásia. Oferecidos os seus préstimos a D. João II para armar frota, terá recusado uma vez que, com o Tratado de Tordesilhas já em vigor, o rei teve receio de que a expedição fosse considerada uma quebra do tratado para além de não confiar muito em Colombo dada a sua nacionalidade.

Para desinformação política e ignorância histórica já nos basta a que temos por cá, mormente nos partidos do governo..


terça-feira, 13 de maio de 2014

AFINAL, SEMPRE HÁ COINCIDÊNCIAS...


"COINCIDÊNCIA I"
Telmo Correia, deputado pelo CDS/PP e preside à Comissão Parlamentar de Inquérito que vai investigar o caso dos submarinos que tem Paulo Portas, vice primeiro ministro e presidente do CDS/PP como principal visado. Em qualquer Estado de Direito, a credibilidade sobre a isenção desta comissão já estaria ferida de morte. Em Portugal, pelos vistos, não  tem importância de maior porque se trata de uma coincidência.
Afinal, sempre há coincidências...


"COINCIDÊNCIA II"
O administrador do BCP, Cristopher de Beck ficou ilibado pelo Tribunal de Pequena Instância Criminal de Lisboa das acusações que a CMVM - Comissão do Mercado de Valores Mobiliários levantou a ex-gestores do BCP porque, segundo explicou, entre outras coisas que os contratos de crédito da sucursal das Cayman do BCP chegavam à sua secretária já assinados pelos directores da Direcção Internacional, pessoas de grande capacidade técnica, em que tinha total confiança, pelo que nunca recusaria créditos ou montantes que já tivessem passado pela sua mão.
O ex-administrador referia-se ao caso das 'Offshores' em que eram desconhecidos os últimos beneficiários de 17 sociedades sediadas nas Cayman a que o BCP concedia empréstimos para a alegada compra de acções próprias.
Os factos têm mais de dez anos.
Então quem foram os directores da área internacional do BCP?
João Esteves Oliveira que dois anos após a sua saída do BCP abria uma galeria de arte moderna e contemporânea, em Lisboa. O outro director para a área internacional do BCP é o actual Governador do Banco de Portugal, Carlos da Silva Costa.
Em qualquer Estado de Direito, o investidor em arte estaria, no mínimo, a ser investigado há muito tempo enquanto que o outro senhor nunca chegaria ao lugar de governador de um banco central. Em Portugal, pelos vistos não tem importância de maior porque se trata de uma coincidência.
Afinal, sempre há coincidências...


"COINCIDÊNCIA III"
Miguel Namorado Rosa, ex-responsável do BCP testemunhou em tribunal, no julgamento do processo crime que envolve o banco que não era autor ou criador de sociedades 'offshore' mas apenas transmitia as ordens a quem teria a responsabilidade de as operacionalizar. 
E completou as suas declarações dizendo que foi o então administrador Pedro Líbano Monteiro, a quem reportava, que dava as indicações para as referidas constituições de sociedades, em conversas pessoais.Ora, Miguel Namorado Rosa chegou a supervisor da CMVM que está agora em litígio com o banco no qual era director por razões que têm a ver com responsabilidades dele próprio. Confusos?
Quanto a Pedro Líbano Monteiro que dedicou a sua carreira à banca, ainda foi fundador do Banco Primus que vendeu em 2008 para se tornar um empresário agrícola em Serpa onde tomou conta da propriedade Irmãos Líbano Monteiro.
Em qualquer Estado de Direito, a circunstância de um banco sob suspeição de ilícito criminal ter um director que embora alegue ter estado indirectamente relacionado com o alegado ilícito seria impeditivo de exercer qualquer cargo no supervisor do próprio banco, a não ser que seja uma lamentável coincidência.
Afinal sempre há coincidências...  

sexta-feira, 9 de maio de 2014

ANTÓNIA E AS CABRAS


Manhã tranquila na aldeia. 
O velho padre está sentado à porta da igreja quando vê passar Antónia, ar angelical, muito franzina para os seus 8 anitos, descalça e com um vestido sujo e já rasgado. 
É filha de Bartolomeu, um camponês já idoso e viúvo, com mais dois filhos rapazes que nunca punham os pés na missa.
É com algum esforço que a criança consegue manter as 3 cabras juntas e fazê-las andar.
O padre observa os trabalhos que a miúda está a ter e acha aquilo uma violência para a pequenina que devia era ir estar na escola. 

Chamou-a..
- Olá, Antónia. O que andas tu a fazer com essas cabras?
- Vou levá-las ao monte do Ti Carlos para o bode as cobrir, senhor padre.
- Mas, porque é que o teu pai ou um dos teus irmãos não fazem isso?
- Já fizeram, mas elas não 'emprenham', senhor padre... tem que ser mesmo um bode!