A campanha eleitoral, pela mão de uma direita que mesmo coligada não consegue fazer um comício, juntar uma pequena multidão, é insultada nas tímidas 'arruadas' e ignorada nas visitas a feiras e mercados, tenta na demagogia política, na desonestidade intelectual e no insulto verbal, disfarçar o fracasso do governo e passar ao lado da revolta popular.
O que se ouve nas intervenções do cabeça de lista Paulo Rangel e do seu 'ajudante de campo' Nuno Melo não passa de um chorrilho de banalidades e de mentiras encapotadas com um único objectivo: fazer passar a ideia de que os socialistas foram responsáveis por terem conduzido o país à beira da bancarrota e que por isso se viram obrigados a chamar o FMI nas duas vezes anteriores.
Assim, segundo a mistificação que montaram para fazer passar para a opinião pública a ideia terrível, é a de que o governo da 'santa aliança' foi vítima mais uma vez de um governo socialista que chamou a troika.
Talvez nem se torne necessário aprofundar o relato das crises a que se referem agora os partidários da 'santa aliança' quando Ramalho Eanes era Presidente da República e Mário Soares era o primeiro-ministro.
Será importante esclarecer que em Fevereiro de 1977 quando o FMI aterrou pela primeira vez na Portela, o I Governo Constitucional com Mário Soares, primeiro ministro, tinha tomado posse há 4 meses e seguia-se à queda do VI governo provisório chefiado pelo Almirante Pinheiro de Azevedo, o sexto governo provisório em dois anos e meio
Assim, segundo a mistificação que montaram para fazer passar para a opinião pública a ideia terrível, é a de que o governo da 'santa aliança' foi vítima mais uma vez de um governo socialista que chamou a troika.
Talvez nem se torne necessário aprofundar o relato das crises a que se referem agora os partidários da 'santa aliança' quando Ramalho Eanes era Presidente da República e Mário Soares era o primeiro-ministro.
Será importante esclarecer que em Fevereiro de 1977 quando o FMI aterrou pela primeira vez na Portela, o I Governo Constitucional com Mário Soares, primeiro ministro, tinha tomado posse há 4 meses e seguia-se à queda do VI governo provisório chefiado pelo Almirante Pinheiro de Azevedo, o sexto governo provisório em dois anos e meio
No segundo caso, quando o FMI chegou a Portugal em Julho de 1983, o IX governo do 'Bloco Central' chefiado por Mário Soares, tendo como vice Mota Pinto sucedia aos governos da AD de Sá Carneiro e de Pinto Balsemão, entre 1980 e 83.
Se aquilo que os senhores Paulo Rangel e o seu 'ajudante de campo' Nuno Melo querem fazer crer que quem se vê obrigado a governar sob programas de austeridade é quem, infelizmente, se segue a governos que levam o país à bancarrota, então percebi.
Se em 1977, o colapso esteve iminente fais foram as tensões a que o país esteve sujeito durante os dois anos e meio de PREC (uma revolução não é coisa pouca) marcados pelos VI governos provisórios em dois anos, por lutas políticas que o levaram à beira de uma guerra civil; greves constantes e instabilidade laboral; ocupações, muitas de cariz selvagem; impacto sócio económico da descolonização, o regresso de dezenas de milhares de soldados e a integração de meio milhão de retornados; as nacionalizações da banca e dos seguros e de industrias e de empresas de serviços de dimensão nacional; consequentes fugas de capitais para o estrangeiro e também alguma emigração de técnicos qualificados; mais o choque do dos preços do petróleo desde 74 e a recessão internacional, o pedido era inevitável tal o estado a que se chegou.
Em 1983, depois de mais de 3 anos de governação da AD, uma 'santa aliança' em que os protagonistas eram exactamente PPD/PSD E CDS, voltou a haver necessidade de pedir o FMI. Nessa altura porque seria?
Será isto que Paulo Rangel e Nuno Melo querem dizer? Que os governos da AD também deixaram o país na bancarrota? Não é com certeza. As razões foram outras. Mas o que importa é denegrir Mário Soares e Partido Socialista a qualquer preço. Mas o que importa mentir mais uma vez ou mistificar a realidade de então? É o que já nos habituámos ouvir dos senhores das 'santas alianças'....mentiras e mistificações da realidade.
Se aquilo que os senhores Paulo Rangel e o seu 'ajudante de campo' Nuno Melo querem fazer crer que quem se vê obrigado a governar sob programas de austeridade é quem, infelizmente, se segue a governos que levam o país à bancarrota, então percebi.
Se em 1977, o colapso esteve iminente fais foram as tensões a que o país esteve sujeito durante os dois anos e meio de PREC (uma revolução não é coisa pouca) marcados pelos VI governos provisórios em dois anos, por lutas políticas que o levaram à beira de uma guerra civil; greves constantes e instabilidade laboral; ocupações, muitas de cariz selvagem; impacto sócio económico da descolonização, o regresso de dezenas de milhares de soldados e a integração de meio milhão de retornados; as nacionalizações da banca e dos seguros e de industrias e de empresas de serviços de dimensão nacional; consequentes fugas de capitais para o estrangeiro e também alguma emigração de técnicos qualificados; mais o choque do dos preços do petróleo desde 74 e a recessão internacional, o pedido era inevitável tal o estado a que se chegou.
Em 1983, depois de mais de 3 anos de governação da AD, uma 'santa aliança' em que os protagonistas eram exactamente PPD/PSD E CDS, voltou a haver necessidade de pedir o FMI. Nessa altura porque seria?
Será isto que Paulo Rangel e Nuno Melo querem dizer? Que os governos da AD também deixaram o país na bancarrota? Não é com certeza. As razões foram outras. Mas o que importa é denegrir Mário Soares e Partido Socialista a qualquer preço. Mas o que importa mentir mais uma vez ou mistificar a realidade de então? É o que já nos habituámos ouvir dos senhores das 'santas alianças'....mentiras e mistificações da realidade.