domingo, 18 de maio de 2014
A HISTÓRIA ÀS TRÊS PANCADAS DO SENHOR QUE VEIO DO LUXEMBURGO
JEAN CLAUDE JUNCKER que veio cá ajudar a Aliança Portugal na campanha para as europeias e, como candidato a sucessor do Durão Barroso, botou faladura sobre a saída da troika, pois claro juntando louvores ao governo, pois ainda mais claro.
Para o ataque a António José Seguro e ao partido socialista nada melhor que contar a história de um outro português que, segundo ele, até se parece com António José Seguro, apesar de séculos de diferença, "porque ele também apresenta propostas para gastar o dinheiro dos contribuintes, sem saber para onde vai". O português que assim é referido por Jean Claude Juncker chamava-se Cristóvão Colombo.
Pois, alguém no PSD que explique (e já vai tarde) ao senhor que veio do Luxemburgo que:
1) Cristóvão Colombo que se tenha conhecimento, declarou a sua pátria no documento denominado "Fundacion de Mayorazgo", de 1497, onde falando de Génova diz que "dela saí e nela nasci".
2) Existem registos como filho de Domenico Colombo e de Susana Fontanarubea, e neto de Giovanni Colombo, moradores no Bairro de Quinto (desde 1429) em Génova quando Cristobal de Colombo nasceu em 1451.
3) Quando partiu do porto de Palos (agora Cádiz) no fim de Outubro de 1492, ao serviço dos reis católicos de Espanha foi depois de passar vários anos em Córdova, estudando mapas, planeando a viagem e contactando outros exploradores, especialmente, genoveses e venezianos.
4) Terá vivido em Portugal, depois de um naufrágio do navio mercante genovês, em que seguia, para Gallway ter sido atacado por piratas.
5) Cá desposou Filipa Moniz, filha de Bartolomeu Perestrelo. cavaleiro da casa do Infante D. Henrique e nomeado para comandar a Capitania de Porto Santo, daí atribuir-se morada nesse local durante alguns anos a Colombo.
6) O projecto terá surgido em colaboração com o seu irmão Bartolomeu após um processo de formação e maturação, a travessia do único oceano conhecido à época, o Atlântico, em direcção à Ásia. Oferecidos os seus préstimos a D. João II para armar frota, terá recusado uma vez que, com o Tratado de Tordesilhas já em vigor, o rei teve receio de que a expedição fosse considerada uma quebra do tratado para além de não confiar muito em Colombo dada a sua nacionalidade.
Para desinformação política e ignorância histórica já nos basta a que temos por cá, mormente nos partidos do governo..