AO CAIR DO PANO
NATAL É QUANDO UM HOMEM QUISER
ou como, de facto,
A MENTIRA REPETIDA PASSA A VERDADE
Como aliás tem acontecido anualmente, pelo menos desde que em 1582 foi promulgado pelo papa Gregório XIII o novo calendário (que substituiu o Juliano que vinha do tempo dos romanos) entramos no período das três últimas semanas de uma gravidez que viria a mudar séculos depois, uma grande parte da Humanidade no que diz respeito às suas crenças e dogmas religiosos.
O NATAL! Eu confesso que não sendo crente, sempre gostei do Natal mas não porque o 'espírito natalício' me indusa a ser uma pessoa diferente da que sou. Aliás, acho uma hipocrisia o jeito de que Natal tem de ser paz e amor, bem fazer e bem querer, etc e tal e depois, no resto do ano, esuqecem-se do que se esforçaram ou fingiram e volta tudo ao "normal"
O NATAL! Quando era criança era o fetiche do menino Jesus; na adolescência era o prazer de fazer uns sacrificios com a semanada que a minha mãe me dava para ter uns tostões para umas prenditas (e ainda não havia chineses); depois foi o Natal em família, o casamento que junta famílias que se juntam pela consoada (às vezes tem vezes) e repetimos para os filhos que agora na geração do velho barbudo e barrigudo sentem a mesma ansios alegria em rasgar os embrulhos.
Consumismos à parte....a noite da consoada, o almoço do dia de Natal, as iluminárias cidades e nas vilas, as manifestações cristãs do presépio com intromissões de reis magos pagãos e outras msituras 'politicamente' aceites e até fomentadas pela Santa Sé e até as músicas harmoniosas e a tranquilidade, aqui reside o belo e a 'iluminação' desta quadra.
PRONTO! Apesar de pouco parecer interessar comparado com o pretexto, aos crentes e aos outros,por vezes pergunto-me: então e se realmente o que a Igreja quer esconder for a verdade? Estamos a festejar o quê?
É que o NATAL tem esta data por decreto! Já sabemos que antes de 1582 apesar do 25 de Dezembro porque era outro o calendário, o Natal era festejado para aí em meados do mês que hoje é Outubro, pois Dezembro era o mês décimo.
Foi durante o I Concílio de Niceia realizado pelo imperador Constantino em datas que se situarão entre 20 de Maio e 25 de Junho de 324 D.C. que foram determinadas, por acordo entre os bispos católicos e ortodoxos e muitos outros vindos de Roma, anioquia, Egipto, Alexandria, entre outros locais, as datas das festividades religiosas e mormente as duas datas fundamentais da religiosidade cristã: o nascimento de Cristo (em data fixa de 25 de Dezembro) e a data da sua morte (em festa móvel) dependente da primeira fase de lua nova que determina o carnaval, festa pagã que foi aproveitada para inicio da Quaresma e do jejum de carne determinado aos cristãos.
No calendário actual, a data provável para o inquestionável nascimento de Jesus de Nazaré terá sido entre meados de Setembro e inicio de Outubro pois é o período que data o célebre census determinado por Herodes e que terá motivado as grandes movimentações de gente em toda a Palestina que obrigava todo o homem e mulher a recensear-se no seu lugar de origem. Ora José era natural de Nazaré por isso deslocou-se para lá para cumprir a ordem do rei. mas, isso agora era uma trabalheira do caraças e ia criar complicações sociais, religiosas, económicas e claro, até políticas sem fim.
Por isso, é muito provável que estejamos a comemorar uma meia mentira, mas prontodaí não vem mal ao mundo, digo eu.
Quanto ao resto da história... se esta já vai longa...um dia eu conto aquilo que tenho lido.
Eu gosto de História e ainda mais das histórias da História!
Espero que pelo menos tenha suscitado alguma reflexão a quem teve a paciência ou a curiosidade de chegar ao fim.