quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Hoje é dia de GREVE GERAL. 
Da maior greve geral de que há memória e que, depois de 22 anos, volta a juntar  CGTP e UGT. As greves, gerais ou não, têm atingindo sobretudo sectores de transportes, da saúde, da educação e de outros serviços das administrações central e local e ainda empresas públicas. Sempre tem sido assim e sabe-se o porquê. 
O sector privado é sempre diferente e com excepção de uma ou outra grande empresa em que existe uma adesão mais visível, não se mostra à evidência os mesmos níveis de paralisações.
Por isso, a de hoje não será diferente. 
Logo à noite, quando for feito o balanço final, a costumada divergência de números, entre uniões sindicais e governo, surgirá e muitos ficarão com a ideia da sua inutilidade porque tudo continuará na mesma.
Esta GREVE GERAL é, antes do mais, uma oportunidade de manifestação, não só contra o actual governo e as suas políticas que atingem sistematicamente quem trabalha e quem menos pode mas, e também, um grito de revolta contra o conformismo de um povo que anda há 30 anos a ser governado com a 'crise' na boca e isso cabe a todos os que têm vindo a ver os seus postos de trabalho em perigo, os aumentos sucessivos de impostos, a redução e a anulação de apoios e subsídios sociais.
Portanto, é uma GREVE GERAL que deveria assumir, antes de tudo o mais, o protesto contra os ataques à vida das pessoas e em especial de quem trabalha.
Saúde-se, pois, a coragem e o sacrifício pessoal de quem, neste momento tão difícil da vida do país, adere...os trabalhadores têm RAZÃO!