terça-feira, 31 de dezembro de 2013

O ANO QUE SE APAGA DO CALENDÁRIO.


A FOLHA QUE SE RASGA, O ANO QUE SE APAGA DO CALENDÁRIO.

POR UMA NUVEM DE SENTIMENTOS!

Apenas mais uma convenção, entre tantas outras, 
que a natureza humana precisa, talvez de se convencer, 
que às zero horas de amanhã tudo voltará à estaca zero,
e tudo pode renascer sem mácula, sem azedume, sem falha!
E é nesse tradicional convencimento de um calendário inventado 
que a humanidade troca desejos, abraços, beijos, palavras belas,
esquecendo que amanhã é apenas mais um dia que se juntará
impassível, aos outros milhares que já passaram pela nossa existência
e que apenas construíram o tempo que já percorremos.

Para este dia que está prestes a terminar, 
e proponho-vos um exercício diferente, 
agora que já quase todos desejaram a quase todos, 
as mesmas coisas que todos os anos desejamos uns aos outros, sem novidade.


Juntemo-nos, então, debaixo desta NUVEM DE SENTIMENTOS!

PAZ, SAÚDE E AMOR, o que todos os anos queremos e desejamos.
Dou apenas o exemplo das três maiores mas vejam as outras 
e perguntem a vós próprios quantas vezes nos esquecemos delas.

Por isso,às ZERO HORAS DO 'NOVO' CALENDÁRIO, 
depois de beijos e abraços como manda a tradição, 
lembremo-nos por um momento da NUVEM DE SENTIMENTOS 
e pensemos para nós mesmos que apesar de difíceis, 
QUANTO MAIOR FOR O NÚMERO DE PALAVRAS QUE CONSEGUIRMOS CUMPRIR, MELHOR SERÁ O ANO DE 2014!

BOM EXERCÍCIO PARA TODOS!!!

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Ó SENHOR MINISTRO, EU FICO-LHE COM OS ESTALEIROS!

Julgo perceber, pelo que tem sido comentado publicamente, que o governo ao qual V. Exª pertence tem promovido negócios bastante interessantes para quem manifesta vontade de ficar com o património que é de todos nós. Como me sinto eivado desse espírito patriótico de infinita benemerência resolvi chegar-me à frente e, se não levar a mal, eu fico-lhe com os Estaleiros Navais de Viana do Castelo. 

Receando o ligeiro atraso da minha candidatura, até porque V. Exª não se cansa de apregoar que tudo já ocorreu com a maior das limpezas num concurso internacional supervisionado por autoridades de ineludível transparência e reconhecido mérito que ninguém sabe muito bem quem são mas, mesmo assim, permita-me acalentar uma pequeníssima esperança de que haja ainda uma segunda oportunidade e com vantagens a apresentar.


De construção naval não entendo absolutamente nada! Mas não será impeditivo, já que a Martifer também não percebe nada de construção naval e não foi por isso que foi afastada, como se percebeu. Quanto a condições financeiras para me alcandorar a semelhante cometimento. A não ser que o critério seja eleger o maior devedor, posso garantir-lhe que o meu passivo é infinitamente menor que os 475 milhões de euros da Martifer. 

Prontifica-se V. Exª para o patriótico esforço de ficar com os ‘ossos’ dos estaleiros e pagar, isto é, de ir aos bolsos dos contribuintes sacar os 450 milhões de euros para resolver o passivo, mais aquela chatice do Atlântida e da divida que todos os dias aumenta na doca no Alfeite e mais 30 milhões de euros para indemnizar os 600 trabalhadores que vai ter de por na rua. É de uma generosidade excepcional que eu nem me atrevo a contestar. 

Já estabeleceu o preço para 'pagar' esta operação. Sete milhões euros até 2031, qualquer coisa como uma renda mensal de 32 mil euros. Bem, até suspeito que haja quem pague mais por umas dezenas de metros quadrados num centro comercial para vender sapatos ou roupas. Mas, isto só prova que V.Exª é, de facto, magnânimo.

E não posso deixar de me entusiasmar porque V. Exª vai deixar para a Martifer as encomendas já adjudicadas. Focalizemo-nos, então e apenas, nos asfalteiros da Venezuela no valor de 128 milhões de euros. Para uma margem modesta de 10% e um lucro estimado de 12,8 milhões de euros até digo a V. Exª que me deixo de mais, mais e pago os 7 milhões logo que receba o pagamento da Venezuela. Parece-lhe bem? Assim evito a maçada de andar com pagamentos todos os meses e V. Exª recebe logo e eu nem lhe falo em nenhum 'descontozinho' pronto pagamento, dado o estado em que se encontra o país. 

Quantos aos trabalhadores, o senhor vai despedi-los e livra-me desse aborrecimento, e eu depois decido de quantos precisarei, claro que pagos ao salário mínimo nacional (e olha lá!). Aí já V. Exª não tem que se preocupar porque já disse (e muito bem) que a solução encontrada permite a criação de postos de trabalho. Então, esquecendo os 600 que vão para o desemprego, se eu admitir um já criei um posto de trabalho. Mas não tema Vexa a estreiteza do raciocínio pois contratarei, certamente, mais uns quantos. Fazemos negócio?


Até lá, passe V.Exª muito bem e sobretudo durma descansado pois parece-me, modéstia à parte, que arranjou uma candidatura transparente e séria e seguramente não irá ter nenhuma dúvida com a escolha.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

LUGARES COM HISTÓRIA

CASTELO DE ALMOUROL

Prédio Militar n.º 6. É esta a denominação toponímica e cartográfica do Castelo de Almourol, conquistado por D. Afonso Henriques aos mouros e com histórias mil para contar. A explicação é simples. Afinal de contas, trata-se de uma propriedade do Exército português, inevitavelmente incluída nos roteiros turísticos nacionais e de além-fronteiras.


Entre Vila Nova da Barquinha e Constância, Almourol com cerca de 310 metros de comprimento, 75 de maior largura, ergue-se no meio das águas do Tejo, há séculos “plantado” num pequeno ilhéu, diminuta formação granítica literalmente a dividir as margens do rio, foi há séculos, um ponto nevrálgico manobras militares.

A sua história registada por achados arqueológicos remonta à época da ocupação romana da Península Ibérica, por volta do século II a.C., que tomou o que então seria um castro lusitano. Mais tarde, os alanos, visigodos e mouros ali assentaram arraiais, até que, em 1129, D. afonso Henriques tomou de assalto a fortaleza estratégica, situada pouco a jusante da confluência do Tejo com o rio Zêzere.
Reedificado em 1171 por Gualdim Pais, mestre templário e monge-cavaleiro a quem D. Afonso Henriques havia doado, Almourol foi aos poucos perdendo relevância dado o avanço das conquistas para Sul por parte dos cruzados lusitanos. 
Entretanto, já no reinado de D. Dinis (de 1279 a 1325), dá-se a extinção da Ordem dos Templários, com todos os seus bens e direitos a passarem para as mãos da Ordem de Avis. Daí em diante Almourol sofreu várias alterações, com algumas das mais profundas a serem levadas a cabo já no século XIX e ao longo de grande parte do seguinte.

Enquanto não se concretizar o prometido Parque de Almourol (um mega-projecto de capitais públicos e privados que pretende criar um pólo de lazer, desporto e cultura, resta percorrer o interior e o exterior do castelo, desviando-nos de ervas daninhas, mato selvagem na sua maioria e perigosas armadilhas. 
Vá, portanto, com atenção, e até pode ser que, no meio dos escondidos caminhos em cimento construídos pelos militares e pode ser que descubra algum dos vários túneis que, reza a historia contada de boca em boca, ligavam a ilha às margens.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Democraticamente corruptos

Historicamente a corrupção sempre foi um dos maiores inimigos de uma nação. Promovida por governos pouco éticos e, geralmente, pouco eficientes, cabe assinalar que este fenómeno também é alimentado por sociedades viciadas ou no mínimo permissivas. 
Recentemente a ONG Transparency International publicou o 'índice de percepção de corrupção 2013' uma lista que são avaliados índices de corrupção de instituições e organismos administrativos e políticos de cada país.
Nas pontuações de 177 países, classificados em uma escala de 0 (muito corrupto ) a 100  nenhum país obteve resultado perfeito mas dois terços dos países estão abaixo de 50, o que indica um grave problema de corrupção em todo o mundo.
Os países do pódio são os inevitáveis - 1ºs ex-aequo, Dinamarca e Nova Zelândia; 2º Noruega e 3ºs ex-aequo Suécia, Finlândia e Suiça, respectivamente com 97, 95 e 92 pontos. Quanto aos mais corruptos, também aqui o ranking não oferece grandes surpresas ao atribuir 8 pontos à Coreia do Norte, Somália e Afeganistão.

A percepção da corrupção em Portugal agravou-se no período de dois anos, a tal ponto que demos um trambolhão de oito lugares (de 25º para 33º) com 59 pontos. 
Quem conhece a sociedade portuguesa até pode achar que as coisas não são bem assim até porque tendemos a excluir do leque dos fenómenos de corrupção e do tráfego de influências, os pequenos favores que o cidadão comum e o funcionário trocam considerando como normal o 'pedidozinho' que se faz para mexer ou não mexer no papel ou no processo, para dar andamento mais rápido no requerimento, para 'chegar primeiro' na vaga de emprego, etc, etc, etc.
Mas, por mais voltas que se deseje dar ao tema, o que é facto é que para o exterior continuamos a ter demasiados 'rabos de palha' para que a nossa imagem melhore.
É certo que, nesta Europa tão diversa em matéria de classificação, estamos à frente da Espanha, da Itália, da Hungria, da inevitável Grécia para não falarmos já nas nações dos balcãs e na Roménia mas isso, por si só, não chega para consolo.


Ninguém pode ignorar que os casos Expo98, Euro2004, Freeport, BPN, BPP, mais as PPP, contratos SWAP, submarinos, o TGV, o aeroporto do 'Jamais', a promiscuidade tantas vezes manifestada e nunca contrariada entre poder legislativo e os grandes escritórios de advogados, as constantes derrapagens nas obras públicas, os escândalos das empreitadas, os mega-processos como 'Operação Furacão', Monte Branco ou Face Oculta e muitos outros menores mas que fazem parte de um rol que turva os olhares mais críticos e destrói os alicerces da própria democracia.

Dir-se-á que nosso ADN colectivo existe algo que facilita o pelo menos o tráfego de influências mas ainda estamos a tempo de fazer um esforço para evitarmos esses pequenos escolhos que fazem encalhar a nossa democracia e não facilita a alteração da percepção que se tem das nossas instituições.

No momento em que se fala na necessidade de atrair investimento estrangeiro e com o país a lutar por sair de uma crise que dificilmente abandonará sem esse investimento, seria muito bom que todos nós adoptássemos outro olhar e outras práticas para que o exterior também nos começasse a ver de forma diferente.



sábado, 30 de novembro de 2013

LUGARES COM HISTÓRIA


PRAÇA DOS RESTAURADORES 
situa-se em Lisboa, com uma área de 17.300 m2, com início na Rua 1.º de Dezembro, junto à estação do Rossio e término na Avenida da Liberdade. Tem como ruas afluentes: Calçada da Glória junto ao Palácio Foz com o elevador da Glória que sobe até ao Bairro Alto; a Rua Jardim do Regedor que liga à travessa de Santo Antão onde se localiza o Coliseu dos Recreios; e a Rua dos Condes que tem um dos mais antigos cinemas de Lisboa, o cinema Condes, hoje desactivado, aliás tal como o Eden, na ala oeste da praça. 

É caracterizada pelo alto obelisco, de 30 metros de altura, que no centro comemora a libertação do jugo espanhol em 1 de Dezembro de 1640. Inaugurado em 28 de Abril de 1886, com o custo de 45 contos de réis, o monumento foi custeado por subscrição pública, aberta em Portugal e no Brasil e gerida por uma comissão sob a presidência do Marquês de Sá da Bandeira.
As figuras de bronze do pedestal representam a Vitória, com uma palma e uma coroa, e a Liberdade. Os nomes e datas nos lados do obelisco são os das batalhas da Guerra da Restauração.


O projecto do monumento é da autoria de António Tomás da Fonseca. As estátuas alegóricas (os génios da Vitória e da Independência). foram executadas pelos escultores José Simões de Almeida do lado norte e Alberto Nunes a sul. 
A construção foi entregue ao arquitecto Sérgio Augusto de Barros.







sexta-feira, 29 de novembro de 2013

O diário do professor Arnaldo Quintela

Ontem, uma mãe lavada em lágrimas veio ter comigo à porta da escola. 
Que não tinha um tostão em casa, ela e o marido estão desempregados e, até ao fim do mês, tem 2 litros de leite e meia dúzia de batatas para dar aos dois filhos. 
Acontece que o mais velho é meu aluno. 
Anda no 7.º ano, tem 12 anos mas, pela estrutura física, diria que não tem mais de 10. Como é óbvio, fiquei chocado. Ainda lhe disse que não sou o Director de Turma do miúdo e que não podia fazer nada, a não ser alertar quem de direito, mas ela também não queria nada a não ser desabafar. 
De vez em quando, dão-lhe dois ou três pães na padaria lá da beira, que ela distribui conforme pode para que os miúdos não vão de estômago vazio para a escola. Quando está completamente desesperada, como nos últimos dias, ganha coragem e recorre à instituição daqui da vila – oferecem refeições quentes aos mais necessitados. 
De resto, não conta a ninguém a situação em que vive, nem mesmo aos vizinhos, porque tem vergonha. Se existe pobreza envergonhada, aqui está ela em toda a sua plenitude. Sabe que pode contar com a escola. 
Os miúdos têm ambos Escalão A, porque o desemprego já se prolonga há mais de um ano (quem quer duas pessoas com 45 anos de idade e como habilitações 4ª classe?). Dão-lhes o pequeno-almoço na escola e dão-lhes o almoço e o lanche. O pior é à noite e sobretudo ao fim-de-semana. Quantas vezes aquelas duas crianças foram para a cama com meio copo de leite no estômago…
Sem saber o que dizer, segurei-a pela mão e meti-lhe 10 euros no bolso. Começou por recusar, mas aceitou emocionada. Despediu-se a chorar, dizendo que tinha vindo ter comigo apenas por causa da mensagem que eu enviara na caderneta onde eu dizia, de forma dura, que «o seu educando não está minimamente concentrado nas aulas e, não raras vezes, deita a cabeça no tampo da mesma como se estivesse a dormir».

Não consegui responder e um pedido de desculpa ficou na garganta embaraçado em emoção. 
Senti-me culpado. 
Muito culpado por nunca ter reparado nesta situação dramática. 
Mas com 8 turmas e quase 200 alunos, como podia ter reparado?

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

ECONOMIA É ISTO senhor VPM Paulo Portas


- PIB em 2012 = 155.076.803,8 €
para se encontrar um PIB equivalente, andamos para trás até ao ano de 2001 = 155.160.599,1 €, ainda assim superior a 2012!

- PIB per capita em 2012 = 14.748,4 €
para se encontrar um PIB/capita semelhante, temos de recuar ao ano 2000 = 14.786,9 €, ainda assim superior a 2012.

- taxa de risco de pobreza em 2012 = 45,4; em 2011 = 42,5; em 2010 = 41,0.
neste capítulo não se encontra desde 1990, ano em que se calculou este item pela primeira vez, índices tão altos de 'risco de pobreza'.

- rendimento médio disponível das famílias em 2012 = 30.632,9 €.
para termos um ano semelhante nesta matéria, é em 2006 que temos 30.731,4 €.

- emigração total em 2012 = 121.148 pessoas; em 2011 = 100.978 pessoas
como em 2013 estão contabilizadas mais de 10.000 saídas mensais, em 3 anos serão perto de 400.000, os portugueses que se viram obrigados a emigrar para subsistirem.

- taxa de desemprego em 2012 = 15,7%; em 2011 = 12,7%; em 2010 = 10,8%.
foram destruídos cerca de 300.000 postos de trabalho em dois anos. Se não tivessem emigrado tantos portugueses, estaríamos a braços com uma taxa de desemprego perto dos 20%, tal como a Espanha e a Grécia.

- taxa de actividade em 2012 = 61,4% e em 2011 = 61,8%.
nem nas décadas de 80 e 90, houve alguma vez uma taxa de actividade tão baixa. Apenas em 2000, a taxa foi de 60,7%, um ano excepcionalmente mau.

- rendimento médio disponível das famílias em 2012 = 28.832,9 €; em 2011 = 30.186,7 € e em 2010 = 32.145,1 €.
um ano com valor semelhante, em termos relativos, é 2004 = 28.839,5 €.

Poderia ter ido por grandes números globais como a redução nos apoios sociais sobretudo na educação ou na saúde mas isso ficará para uma outra ocasião. 

Quando o país recua e empobrece desta maneira, bem pode vir Vossa Excelência do alto da sua irrevogável oportunidade acenar com o êxito das exportações que do retrocesso que estes números representam não há acenos que lhe valham, nem a si nem ao bando que tão irrevogavelmente se tem dedicado a destruir o país.

(fonte: Pordata). 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

AFINAL, O QUE É VIOLÊNCIA?!


Um enorme 'charivari' apostrofado por 'APELO À VIOLÊNCIA' foi o que alguns analistas do costume, mais o impagável Marco António que não representa coisa nenhuma, mais o senhor Saraiva que representa os patrões e anda de boca aberta de admiração por causa do atabalhoado guião que Portas pariu, quiseram fazer a propósito de três acontecimentos que se sucederam num curto espaço de tempo:

- a subida da escadaria do parlamento pelos polícias manifestantes,
- a reunião das esquerdas na Aula Magna, 
- as manifestações dos sindicalistas da CGTP nos átrios de quatro ministérios.

Neste entretanto, na assembleia da república, o governo e todos os deputados (menos um) pê-esses-dês e cê-dê-esses/pê-pês davam as mãos cúmplices para tornarem efectivo um dos ACTOS DA MAIOR VIOLÊNCIA que há memória: a aprovação do orçamento para 2014!

VIOLÊNCIA A SÉRIO é tudo o que um bando de fundamentalistas, que tomou o poder à custa de mentiras e dissimulações tem andado a engendrar no recôndito silêncio dos gabinetes alcatifados:
- designar de ricos todos os que auferem salário ou pensão acima dos 600,00 euros e portanto já sujeitos a cortes e ao aumento de impostos sobre os rendimentos já cortados;
- 'assassinar' as famílias que devia defender e proteger, levando-as ao desespero do incumprimento dos seus compromissos e à insolvência das suas vidas;
- instituir a emigração de centenas de milhares de jovens como única forma de escapar ao vazio quando não, substituído por um trabalho mal pago e precário;
- provocar um retrocesso civilizacional de décadas, através do desinvestimento na educação e na saúde públicas, retirando os apoios sociais às classes mais fracas e aos mais frágeis (crianças, idosos, deficientes, doentes crónicos, etc);

VIOLÊNCIA A SÉRIO é a que este bando que se apoderou do poder à falsa fé, anda a distribuir há quase três anos...

Até o Papa Francisco avisa que a iniquidade, a injustiça, o empobrecimento, a fome, geram em si mesmas a violência e como disse Mário soares, na Aula Magna, retirem-se enquanto podem chegar a casa pelo próprio pé. Afinal ninguém se lembra de lembrar as palavras bem mais incentivadoras de Vasco Lourenço "se não forem a bem, vamos nós correr com eles à paulada!"...

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

LUGARES COM HISTÓRIA III



PALÁCIO NACIONAL DA PENA

Constitui o mais completo e notável exemplar de arquitectura portuguesa do período do Romantismo, remonta a 1839, quando o rei consorte D. Fernando II, adquiriu as ruínas do Mosteiro de Nossa Senhora da Pena e iniciou a sua adaptação a palacete sob a direcção do Barão de Eschwege, que se inspirou nos palácios da Baviera. Extremamente fantasiosa, a arquitectura da Pena utiliza os "motivos" mouros, góticos e manuelinos, mas também o espírito Wagneriano dos castelos do centro da Europa.


A primitiva ocupação do escarpado da serra de Sintra ocorreu com a construção de uma pequena capela em homenagem a Nossa Senhora da Pena, durante o reinado de João II de Portugal.
No século XVI, D. Manuel no cumprimento de uma promessa, doou-a à Ordem de São Jerónimo, determinando a construção de um convento de madeira, e substituindo-o, pouco mais tarde, por um edifício de cantaria, com acomodações para 18 monges.
Em 1749, a queda de um raio destruiu parte da torre, capela e sacristia, danos que foram agravados com o terramoto de 1755. Apenas a zona do altar-mor, na capela, com um magnífico retábulo em mármore e alabastro atribuído a Chanterenne, ficou intacta.

Após a morte de D. Fernando, o palácio foi deixado para a sua segunda esposa, Elisa Hendler, Condessa de Edla, que procurou então chegar a um acordo com o Estado Português e recebeu uma proposta de compra por parte de D. Luís, que aceitou, reservando então para si apenas o Chalé da Condessa, onde continuou a residir.
Com essa aquisição, o Palácio passou para o património nacional português, integrado na Coroa. Durante o reinado de D.Carlos, a Família Real ocupou com frequência o palácio, tornando-se a residência predilecta da Rainha D. Amélia, que se ocupou da decoração dos aposentos íntimos. 
Após o regicídio, a Rainha D. Amélia retirou-se ainda mais para o Palácio da Pena, rodeada de amigas e dos seus cães de estimação.

LUGARES COM HISTÓRIA II



ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DO ROSSIO

Revivalista, neomanuelina e de arquitectura do ferro a Estação do Rossio. de grandes dimensões, era uma Estação Central, onde afluíam todas as vias-férreas nacionais e internacionais seguindo os modelos das grandes estações europeias, com zona de plataforma coberta por ampla pala em ferro sustentada por uma estrutura de colunas, com decoração neogótica, possuindo o interior simples e as fachadas com decoração neomanuelina.


A obra para a sua construção, adjudicada a uma empresa belga, incluía, para além da estação, a abertura do túnel ferroviário do Rossio/Campolide, a ligação rodoviária à Calçada do Carmo e o Hotel Palace e iniciou-se no ano de 1886.
No dia 23 de Novembro de 1890 abria ao público e ao tráfego ferroviário com o nome de estação da Avenida. A Estação Ferroviária do Rossio foi, durante muito tempo, a principal estação de comboios da cidade de Lisboa devido à sua proximidade com o centro.


Com o aumento do tráfego foi necessária a descentralização de forma a agilizar o sistema de transportes públicos da cidade. Assim, os comboios internacionais e de longo curso passaram a fazer a sua paragem na estação de Santa Apolónia, ficando a do Rossio reservada ao ferroviário suburbano. Com os anos foi alvo de intervenções e já na última década do século XX foi ali construído um átrio norte subterrâneo para se criar interface com o Metro de Lisboa e de autocarros dos Restauradores.
Milhares e milhares de pessoas, que chegam e saem de Lisboa, passam todos os dias por ela e dali acedem fácil e rapidamente ao centro da cidade e à Baixa Pombalina.


O local encontra-se ligado ao assassinato de Sidónio Pais, a 14 de Dezembro de 1918 morto a tiro por José Júlio da Costa, um militante republicano. Momento traumático para a Primeira República, marcando o seu destino que apenas terminou quase oito anos depois com a Revolução Nacional de 28 de Maio de 1926 que pôs termo ao regime e iniciou o período histórico intitulado de Estado Novo.

LUGARES COM HISTÓRIA I


CAFÉ NICOLA

Abriu as portas pela primeira vez em Julho de 1787, no Rossio, fundado pelo italiano Nicola Breteiro e é um dos estabelecimentos mais antigos de Lisboa.



Lugar de intercâmbio de ideias, debates literários e propaganda de opiniões, é assim que podemos definir um dos cafés mais frequentados do séc. XVIII.
O Café Nicola tem o charme característico que marcou diferentes épocas e foi ponto de encontro e, muitas vezes, de partida para movimentos sociais, políticos e culturais. Pela sua porta, passaram algumas das mais emblemáticas figuras da sociedade lisboeta e do país: Bocage terá sido por ventura o mais famoso.

A fachada executada em 1929, é do traço do arquitecto Norte Júnior. A decoração do interior era neoclássica. As telas são do pintor Fernando Santos e o busto de Bocage esculpido por Marcelino d’Almeida.





MARTINHO DA ARCADA


O Café-Restaurante Martinho da Arcada, na Praça do Comércio, n.º 3, em Lisboa, tem a sua história, de mais de dois séculos, ligada à literatura portuguesa.




O «Café do Gelo» foi adquirido pelo italiano Domenico Mignani que inaugurou a «Casa do Café Italiano», em 1795; sucessivamente conhecido por «Café do Comércio» e por «Café dos Jacobinos», pelo facto de ser frequentado pelos jacobinos e libertinos da época, deve o seu actual, desde 1845, a Martinho Bartolomeu Rodrigues o novo proprietário que mandou fazer obras que o transformaram num dos melhores cafés de Lisboa. O mesmo empresário tinha aberto já outro «Café Martinho» no Largo do Regedor, em frente da estação dos caminhos de ferro do Rossio dando pois a este o popular «Martinho da Arcada» para o distinguir do outro.

Tendo sido frequentado por políticos, escritores e intelectuais como Afonso Costa, Manuel da Arriaga, Bernardino Machado, António Ferro e França Borges.
Na sua tradição literária, contou com clientes como Bocage, Lopes de Mendonça, Cesário Verde, Augusto Ferreira Gomes, António Botto e Almada Negreiros. Um dos seus clientes mais assíduos foi sem dúvida Fernando Pessoa (que continua a ter uma mesa permanentemente reservada).

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

MINI ROTEIRO PELAS MARGENS DO ALQUEVA

Uma inundação imensa com mais de mil quilómetros de perímetro, 250 kms2 de superfície que alaga seis concelhos desde o de Alandroal a norte até Moura na ponta mais ao sul, ladeado pelos de Reguengos, Portel, Vidigueira e mesmo encostado a Espanha, Mourão e se constitui como uma reserva estratégica de água que possibilita o abastecimento a uma população de cerca de 200 mil pessoas.


O Alqueva é o maior lago artificial da Europa e já modificou quilómetros e quilómetros quadrados de cenário, que passou a ser mais verde, com mais sombras na paisagem de extensos olivais e grandes grupos de animais, porco preto e gado bovino, em propriedades cercadas, com portão de ferro artístico na beira da estrada e casarão branco e amarelo bem ao fundo, a encimar a colina. 

Dez anos depois de ter ido a Monsaraz foi esse o local que elegi para admirar a 'nova' paisagem e das muralhas da fortaleza lá no alto do monte, avista-se soberba. Aquilo que era terra amarela salpicada de árvores e pequenas casas dispersas é agora um imenso mar com pequenas ilhas arborizadas, pelo menos duas marinas, uma delas com os barcos-casas que podem ser alugados para navegações de dois ou mais dias e a estrada elevada até Mourão que agora parece estar numa enseada em cerca de 7 kms de obra de arte a lembrar a ponte Vasco da Gama quando o tabuleiro mais se aproxima da água. A anteceder a vila, está 'reposta' a Aldeia da Luz, já que a original que se avistava de Monsaraz, se encontra mergulhada num abismo aquático. 

Indispensável conhecer as pequenas cidades acolhedoras e vilas alegres Reguengos de Monsaraz, Mourão, Moura, Portel, Vidigueira, Viana do Alentejo. E, ainda, uma volta por Barrancos, o único local onde é permitida a tourada com morte do touro (lembram-se da polémica?). Mas, percebe-se! A terra é pequena, mal se dão dois passos está-se em Espanha e com as festas, uma vez por ano, está tudo dito! 


Já que chegara até aqui, afoitei-me até Noudar. 12 kms de estrada que nunca mais acaba, em terra batida e com aquela pedrinha que salta e se desprende dos pneus e se ouve a bater na chapa e nos guarda lamas do carro. 
Sem ar condicionado na viatura e com calor prepare-se porque a poeira não o deixará abrir os vidros. 
Mas, Noudar tem castelo! Fortaleza de várias épocas ao que se diz começou a ser construída no reinado de Afonso III para defesa das populações em volta dos ataques dos mouros e depois nas quase permanentes escaramuças com os espanhóis, até ao século XVIII.  


Em Viana do Alentejo, pare! A Igreja Matriz merece. 
Embora se encontre parcialmente encoberta pela muralha sul do castelo, a sua imponência ressalta nas altas torres sineiras debroadas a dourado e na disposição simétrica dos arcos. As janelas conferem-lhe um ar de paço episcopal sem lhe retirarem a beleza e a singularidade. Uma mancha branca que se descobre na aproximação à cidade pelo lado de Alvito.





Mourão tem castelo! 

Mas, tem também a menos de 10 Kms a fronteira e uma pequena localidade - Villanueva del Fresno - onde se presta homenagem ao general Humberto Delgado. 
No tempo em que o seu nome nem podia ser pronunciado, o povo português foi erigir um modesto mas significante monumento da autoria do escultor José Rodrigues, lembrando a sua morte e a de sua secretária, atraídos a um encontro armadilha, pela PIDE de Salazar, a 13 de Fevereiro de 1965. 
Apenas, por isso, vale a pena dar um saltinho a Villanueva del Fresno.


Moura com a zona histórica fechada ao trânsito, as ruas embora estreitas, ganharam dimensão.
O Jardim público está limpo e cuidado, mantendo uma permanente e muito conveniente zona de frescura e de sombra, especialmente para os escaldantes dias de Verão, isto clro está para quem não desejar desfrutar das águas do Alqueva, ali a duas rodadas de automóvel.  
Quando o interior se torna litoral, as mudanças acontecem.




Perto de Vidigueira, mais propriamente em Vale de Frades, sai-se no cruzamento que diz Ruínas Romanas de S. Cucufate. Sem hesitações. vale a pena. É uma visita ao passado com história, desde que estas terras faziam parte da Bética com a capital em Mérida. Coisas dos romanos. Por aqui, as instalações eram para o tempo um verdadeiro luxo. Um verdadeiro palácio com três andares o que é raro ver-se nas construções romanas da península, salões para as orgias e inúmeros quartos com zona para banhos quentes e tépidos e uma enorme piscina exterior para frios.
Está ainda grande parte em reconstrução mas já dá para perceber que era gente abastada que ali vivia. É claro que também havia os outros, os pobres e os escravos mas, esses, tinham casebres de piso único e chão de terra, espalhados pelas redondezas. Gostei, sobretudo pelo cuidado com que se está a tratar estes vestígios de civilização numa altura em que o dinheiro não abunda para o essencial quanto mais para estes 'devaneios' culturais... (digo eu, ironicamente é claro!).

Muito mais haveria para dizer sobre terras tão belas. 


Ruas e largos sempre limpos e cheios da luz reflectida por fachadas baixas e imaculadas, molduradas em barras de azul ou amarelo, nas janelas e nas portas. Corolas multicolores alinhadas nos canteiros dos jardins ou a espreitarem nas floreiras das casas, um pouco todo o lado. As estradas de ligação, nacionais e municipais, de manutenção quase irrepreensível, sem buracos e bermas tratadas. 'Comadris' e 'compadris' mesmo desconhecidos nos parecem familiares tal é a simpatia das gentes e o gosto em agradar. 
E, 'at last but not least', os comeres! A magnífica sopa de cassão ou os secretos de porco preto. As açordas e as migas. Uma orgia de sabores e de aromas que as ervas dão um 'arranjo' magnífico.


E, quando saímos de Alcácer, no regresso a Lisboa, já pelas sete da tarde pela A2, é já uma imensa saudade com nos diz o poeta: "Alentejo da minh' alma, tão longe me vais ficando!"
    

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

"O POLVO" E A OPERAÇÃO IPO


O caso IPO/Duarte Lima,  em que Isaltino poderia ter sido peça fundamental, nem foi sequer  abordado durante o Inquérito Parlamentar sobre o BPN ,  inquérito a que o PSD se opôs então com unhas e dentes, como é  sabido. 
A táctica escolhida pelo 'polvo  laranja' foi  desencadear um inquérito parlamentar para averiguar se Sócrates estava ou não a «asfixiar»  comunicação social! 
Ruído, apenas, para abafar o caso BPN e  desviar as atenções.Mas é interessante examinar  como é que o negócio IPO/Lima foi por água abaixo.
Enquanto Lima filho, Raposo e Cia. criavam um fundo com  dezenas de milhões, amigavelmente cedidos pelo BPN de Oliveira  e Costa, Isaltino pressionava o governo para deslocar o IPO  para uns terrenos em Barcarena, concelho de Oeiras.   

Isaltino comprometia-se a comprar os terrenos com dinheiro da autarquia e a  «cedê-los generosamente» ao Estado para lá construir o IPO. 
Fazia muito jeito que fosse o município de Oeiras a comprar os  terrenos e não o ministério da Saúde, porque assim o preço  podia s ajustado entre os amigos vendedores e compradores,  quiçá com umas comissões a transferir para a Suíça.
Duarte Lima tinha sido vogal da comissão de ética (!) do IPO  entre 2002 e 2005, estava bem dentro de todos os assuntos e  tinha ótimas relações para propiciar o negócio. 

Além disso,  construiu a imagem de homem que venceu o cancro, história  lacrimosa com que apagava misérias anteriores. O filho e o  companheiro do PSD Vítor Raposo eram os escolhidos para dar o  nome, pois ao Lima pai não convinha que o seu nome figurasse  como interessado no negócio.
Em Junho de 2007  Isaltino dizia ainda que as negociações para a compra dos  terrenos em causa estavam "em fase de conclusão" (só não disse  nunca foi a quem os ia comprar, claro) e pressionava o  ministro da Saúde: "Se se der uma mudança de opinião do  governo, o cancelamento do projecto não será da  responsabilidade do município de Oeiras."
Como  assim, "mudança de opinião do governo"?
Na verdade,  Correia de Campos apenas dissera à Lusa que o governo encarava  a transferência do IPO para fora da Praça de Espanha e que  estava a procurar um terreno, em Lisboa ou fora da cidade,  para esse efeito. Nenhuma decisão tinha sido tomada, nem nunca  o seria antes das eleições para a Câmara de Lisboa, que iam realizar-se pouco depois.
Porém, a Câmara  de Lisboa, cuja presidência foi conquistada por António Costa,  anunciou que ia disponibilizar um terreno municipal para a  construção do novo IPO no Parque da Bela Vista Sul, em Chelas, Lisboa e assim se lixou o projecto Lima-Isaltino. Com Santana à frente da autarquia e um ministro da  Saúde do PSD teria tudo sido  muito diferente. E Duarte Lima talvez tivesse uma estátua no Parque dos Poetas do  amigo Isaltino.
Sabemos como, alguns meses depois  deste desfecho, o ministro Correia de Campos foi atacado por  Cavaco no discurso presidencial de Ano Novo, em 1 de Janeiro  de 2008, o mesmo que hoje diz à comunicação social que não se pronuncia sobre monistros que são da responsabilidade do primeiro ministro. Que Cavaco queria a pele de Correia de  Campos, foi bem visível. Ele foi a causa do fracasso do  projeto do IPO/Oeiras e dos prejuízos causados ao clan do seu  amigo Duarte Lima e ao polvo laranja.
É bem possível que essa tenha sido  a razão.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

ESTOU APENAS A MEDITAR...


Em 2011, estavam inscritos 9.624.354 eleitores e votaram 5.585.254. Taxa de abstenção de 41,97 por cento.

Registaram-se 148.638 votos brancos (2,66 %) e 79.399 nulos (1,42 %).

PSD venceu com 38,66 %, correspondente a 2.159.181 votos (108 deputados). 
PS obteve 1.566.347 votos, que correspondem a 28,04 % (74 deputados).
CDS-PP conquistou 11,71%, alcançando 653.888 votos (24 deputados).
PCP obteve 441.147 votos, correspondentes a 7,90 % (16 deputados).
BE teve 288.923 votos ou seja 5,17%, (8 deputados).
O governo legitima-se com uma diferença de 151.687 votos validamente expressos ou seja PSD+CDS (2.813.069) contra PS+CDU+BE (2.661.382) ou seja, uma diferença que corresponde a 1,57% do eleitorado.
Considerando que nos 2.813.069 votos (apenas 29,22% do eleitorado) que permitiram ao PSD e CDS formarem governo, já haverá uma larga percentagem de enganados e arrependidos e ainda estamos a pouco mais de meia legislatura, é forçoso pensar que a base de apoio ao governo estará de tal forma reduzida que o número de votos alcançados nas autárquicas pelos PSD e CDS, cada um por si ou em coligação, deve aproximar-se da realidade.
E que realidade?
A realidade é que PSD+CDS+MPT+PPM = 1.689.943 votos nas autárquicas.
Ou seja: os partidos do governo perderam 1.163.136 votos, ou seja 41,3% do seu eleitorado; ora considerando que netas eleições autárquicas o número de eleitores era de 9.547.315 e a abstenção foi de 47,41%, votaram 5.121.887 ou seja menos 386.728 já retirados os 77.039 de diferença de eleitores inscritos entre as duas eleições.

Feitas as contas e depois de ouvirmos o que ouvimos, no domingo ainda longe dos resultados estarem apurados, do primeiro ministro, proponho que façam a seguinte reflexão: 
QUE LEGITIMIDADE TEM ESTE GOVERNO PARA CONTINUAR A IMPOR AS MEDIDAS MAIS GRAVOSAS QUE O PROPRIO PACTO QUE ASSINOU LHE EXIGEM TENDO UMA BASE DE APOIO QUE NAO DEVERÁ ULTRAPASSAR ACTUALMENTE CHEGAR AOS 18% DO ELEITORADO. 

A democracia tem destas coisas!