sábado, 4 de abril de 2020

POR ONDE A VERDADE SOBRE A PANDEMIA?

NAS GUERRAS, um dos pratos fortes que as sustenta e lhes marca o tempo é a informação e a contra-informação, ou seja, a "verdade" que cada uma das partes quer fazer crer que é a "verdadeira" para assim poder obter pontos a favor da causa.
Como seria conveniente para o mundo ocidental e para a sua "vitimização" a primeira coisa a fazer será criar uma onde de indignação, reprovação e de revolta contra o governo chinês que facilmente alastrará para o povo chinês e para tudo o que é chinês, num movimento xenófobo global, anti-chinês!
Culpar a China, conhecida a origem da pandemia, havia igual e paralelamente que refinar essa informação, dando a ideia de que o fenómeno foi despoletado propositadamente para assim a China poder conquistar toda a economia mundial e arrasar concorrência e a América e a Rússia.
Foi fácil como se percebe, embora a tese tenha contraditórios que a colocam em dúvida não quanto à origem mas quanto à intensidade do que ocorreu na China e á possibilidade de ter havido uma tentativa de ocultação que correu mal.

O primeiro país europeu a ser largamente fustigado, a Itália, tem já informação bastante credível, dado o facto de uma comunidade de mais de 200.000 mil chineses trabalhar há mais de sete anos em indústrias e empresas compradas ao sector da moda e confecção italianas, no norte de Itália, Bérgamo, Prato, Milão. O facto de terem ido passar, como é tradicional, as comemorações do novo ano chinês que ocorre em Janeiro e terem regressado em massa a Itália, e com proveniência de Whuan, provavelmente contaminados na sua maioria, não torna mais credível que os chineses quisessem destruir as suas melhores posições industrias na Europa.
Também não parece ser um acaso, o facto de ter começado a correr por cá, a notícia de que a economia chinesa estava a derrapar e que os chineses estariam a ficar em dificuldade com as medidas que Trump resolver tomar para abrir uma guerra comercial com a China.
Tese que também não colhe pois se a economia americana já não ia no melhor dos tempos, a crise do "impeachment", e as questões "russas" da eleição não estavam a correr bem a Trump.

Todos nos lembramos do que aconteceu com a guerra do Iraque e com a ligação de George W. Bush ao acontecimento através das propaladas nunca encontradas "armas químicas" de Saddam e o que aconteceu a seguir e ainda continua com a tentativa de domínio do médio oriente.
Finalmente, aparece a notícia que parece a "cereja no topo do bolo da teoria de conspiração.
Afinal o vírus teria sido vendido à China por um tal Charles Lieber, doutor em biologia e virologia de Harvard. O resto nem vale a pena ler pois é logo definida como boato mas, o que é certo é que já tem adeptos e muitos já seguem esta versão extraordinária e que servirá às mil maravilhas para Trump
salvar a face e, caso pegue, associar a esta alta traição, alguns dos nomes que estão associados ao pedido de "impeachment", ainda a tempo de tentar limpar uma imagem muito má da sua política de zigue zague e de destruição dos equilibrios políticos mundiais e favorecer a sua reeleição.

Vamos assistindo, para já, à devastação que a pandemia está a provocar nos Estados Unidos da América e até quando resistirá Trump às acusações de ter menosprezado e não ter tomado medidas sérias e atempadas.