Imaginem:
1) que todos os gestores públicos das 77 empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento, independentemente dos resultados.
2) que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento.
3) que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também.
que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas.
4) que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta e que só eram usados em funções do Estado.
5) que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público.
6) que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar.
7) que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento, em todas as suas pensões. Acumulam várias.
8) que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal.
Imaginem que país podíamos ser se o fizéssemos.