quinta-feira, 30 de setembro de 2010
A Bíblia de Guttenberg faz 555 anos
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Como tirar o esqueleto do armário
As outras, a experiência tem ditado que a concretização costuma ser nula ou que até costuma ter efeitos preversos.
O que garante que agora venha a ser diferente?
Compreendo que não seja cómodo anunciar o caos, mesmo que já esperado.
Alma Nacional
A edição em fac-simile desse 34º e último número é, entretanto, hoje posta à venda.
Trata-se de um documento importante para que se possa compreender os últimos dias da monarquia e o esforço de propaganda republicana mas, também, o que representava na altura o grupo de moderados do movimento, onde militava ó seu fundador e que rapidamente se viria a incompatibilizar com a ala mais radical de Afonso Costa.
A revista teve como entusiastas colaboradores, figuras de proa das artes, da cultura e da escrita como Tomás da Fonseca, livre pensador que nos seus artigos lançou os principais ataques à Igreja e aos Jesuítas e ainda Guerra Junqueiro, Aquilino Ribeiro, Basílio Teles, Raul Proença e Teófilo Braga, para apenas citar os mais proeminentes.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
O Papa Sorriso
Antes de ser Papa, Luciani foi Patriarca de Veneza e não tinha ambição alguma em ser papa. Adoptou o nome duplo, pela primeira vez, em homenagem aos seu antecessores Paulo VI e João XXIII.
Esta tese viria a ser reforçada com a eleição do cardeal polaco Woytila que apesar de ter adoptado o nome de João Paulo II, dando assim a entender uma continuidade no papado anterior, tão abruptamente interrompido, mas revelando-se, ao fim e ao cabo, um pontífice conservador em relação a diversas questões.
O escritor Daniel Silva, que vive em Massachussets, de descendência açoriana, produtor de programas da CNN e autor de 8 best sellers, aflora no seu livro 'O Confessor', a história do assassinato do Papa João Paulo I.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
My name is Bond, James Bond!
'O Dinheiro Nunca Dorme', de Oliver Stone
Oliver Stone não quer deixar um fim insensato e perverso, subentendo-o à velha máxima de o crime não compensa.
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Frau Merkel é fixe...
Segundo fontes geralmente bem informadas, terá sido o empurrão decisivo para Cavaco Silva resolver chamar os partidos para um puxão de orelhas e exigir-lhes uma solução que conduza à aprovação de um Orçamento para 2011, seja ele qual for.
O Presidente terá mesmo pedido à ministra da educação que esteja presente para o ajudar nesta tarefa, com a sua tão reconhecida assertividade sobretudo naquelas mensagens que ela costuma enviar às meninas e aos aos meninos para serem bem comportadinhos.
'O Inimigo Público' faz 7 anos
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Obras emblemáticas do governo vão avançar
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Onde está o dinheiro?
Que riqueza de mergulho....deve ser este 'pato' que nos anda a emprestar o dinheiro, a 6,5%......
Portugal, é sabido, anda para aí de mão estendida a pedir dinheiro e mais dinheiro para poder solver compromissos e também poder continuar a pagar o que deve por outras dívidas que contraíu.
Para, como já disse, pagar despesa corrente e (ainda por cima) pagar dívidas anteriores.
E o governo só pode fazer isto e não outra coisa, porquê?
Porque dizem que NÃO HÁ DINHEIRO!
Onde está o dinheiro? / Onde está o dinheiro? /
terça-feira, 21 de setembro de 2010
A culpa é do défice
Na República Checa, as coisas parece que também não andam lá muito bem... bom, deve ser por causa do défice!
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Uma grande aventura
domingo, 19 de setembro de 2010
Meninas e meninos, portai-vos bem, caraças!
Ora aqui está! Tende juízo e estudai muito porque estais a fazer um exercíco ao cérebro e assim ficais mais espertinhos e depois, dais muita alegria aos paizinhos e ao engenheiro Sócrates e quando foreis grandes, se ficardes desempregados não é porque sejais ignorantes é porque de facto não há trabalho para vós que sabeis tanto de tanto que ninguém pode pagar-vos um salário justo e então realizareis que não valeu de nada o que andastes a aprender, 'prontus'!
Mas isso já não é culpa vossa...estais a perceber?
A senhora ministra habituada como está a escrever (e bem!) histórias para criancinhas tem aqui o seu lado 'infantil' em pleno funcionamento e as meninas e os meninos ficaram, por certo, tão empolgados como ela finge estar. E vão mesmo passar a estudar muito, muito, muito!
Esta mensagem da senhora ministra, na abertura do novo ano lectivo, parece mais uma rábula ao tom maternalista de muitas mães que serão como a senhora ministra, suaves, delicadas e nada convincentes...
Também pode ser muito didactica para as outras, que se viram para os filhos e....
"VAI MAS É ESTUDAR, MALANDRO!!! CALÃO!!! QUANDO TEU PAI CHEGAR É QUE VAIS VER!"
ou então...
"Ó MEU GRANDE MANDRIÃO, SE NÃO VAIS ESTUDAR FAÇO QUEIXA AO ENGENHEIRO SÓCRATES E ELE TIRA-TE O MAGALHÃES....É SÓ JOGOS, SÓ JOGOS, SÓ JOGOS!"
A selecção está boa? Uma beleza...
O senhor Madaíl terá pensado que não iria mesmo falar de novo ao D. Florentino, era o que faltava. Telefonemas para os jogadores, para tentar saber alguma coisa mais concreta, não fosse o diabo tecê-las e então é que era lindo...nem o 'Special' nem os jogadores...e lá telefonou a cad um dos três.
(Oh senhor presidente, eu cá não sei de nada...não me meta nisso que o patrão é o D. Florentino. Eu, por mim até vou mas, não diga nada a ninguém.)
(Oi 'doutô' presidente, eu vou de braços abertos mas, puxa vida, o D. Florentino não tem 'qui sabê, né mesmo?)( Boas senhor presidente. Ah, não se preocupe com isso. Desde que não me vejam em campo, aliás como é costume, eu chego aí e dou-lhes dez!)
E, o senhor Gilberto lá ficou mais descansado e telefonou de imediato ao Paulo Bento:
- Está? Bento? Estou, sou eu. Olhe lá, isto arranja-se mas, agora tem de prometer uma coisa. O Carvalho, o Pepe e o Cristiano têm de jogar lá no seu losango ou lá omo é que você costuma chamar áquilo e de preferência sempre a mudarem de posição porque assim hão-de jogar tão mal que ninguém acredita que são eles que lá estão. OK?
Paulo Bento ficou radiante e disse ao senhor Madaíl que ficasse descansado. Até 'tava' a pensar já na táctica. O Ricardo à baliza, para se confundir com o outro...o Cristiano, a defesa esquerdo, porque assim passava mais despercebido encostado à lateral saía quando quisesse pois como não há defesa esquerdo na selecção...o Pepe punha-o a central pois na selecção ninguém está acostumado a ver o rapaz a jogar no lugar certo. Brilhante!
E tudo está combinado para um sucesso sem precedentes.
Então, e no fim disto tudo como anda a nossa selecção?????? Então não se está mesmo a ver! A selecção está cada vez melhor...uma beleza!
Retratos da Vida (Les uns et les autres)
Já há algum tempo que tinha decidido ir aos arrumos, cá em casa, para dar uma ordem a algumas coisas pessoais que ficaram por lá amontoadas desde a última mudança, como por exemplo fotos antigas de família, de amigos, de viagens e outros eventos, dispersas por arquivos sem ordem, caixas de sapatos e até sacos de papel e plástico. Depois, sabia que um monte de agendas de vários anos tinham várias notas que se tornaram mais importantes por motivos diversos, inclusivé com alguns escritos que poderia aproveitar para este blogue. Páginas e páginas anotadas, poemas, pensamentos, frases soltas, eu sei lá. Livros, catálogos, folhetos, revistas, enfim tudo o que vamos juntando ao longo de anos e anos e, assim como que um chamamento nos obriga a pôr uma ordem que torne mais fácil acedermos aos assuntos, quando julgarmos necessário.
Pois bem...para abreviar um pouco. Comecei a folhear algumas das agendas e eis que, quase por acaso, na agenda de 1981, precisamente a 19 de Setembro, encontro meio rasgado e esfarelado, pelo tempo e humidade, parte de um bilhete do cinema Star (lembro-me que ficava na avenida Guerra Junqueiro no local onde penso que estão agora as lojas C&A), para um filme - Retratos da Vida - ou melhor, como aliás sempre ficaria para a história, LES UNS ET LES AUTRES.
Esta é a explicação pela qual resolvi escrever aqui sobre isso. Porque, para além do filme de Lelouch ser uma peça bastante bem elaborada, o argumento interessante e servido com uma banda sonora fantástica...o celebrado Bolero de maurice Ravel que eu gosto bastante.
O filme começa e acaba com a sequência que o havia de tornar famoso – e até influenciar o título em diversos países, o simplesmente Bolero, conseguindo que as quatro narrativas principais, que correspondem aos quatro países onde o filme tem lugar, num perfeito enquadramento, parte histórico, parte ficcionado.
Em vésperas da 2ª Guerra Mundial, as Folies Bergères deslumbram; a orquestra de Jack Glenn (homenagem a Glenn Miller), anima os Estados Unidos; um jovem e brilhante pianista alemão toca para um espectador importante, o Führer; duas meninas dançam ao som do Bolero, no Bolshoi, perante o júri que havia de seleccionar, uma delas, para prima ballerina da companhia; o romance entre a resignada preterida, Tatiana e um dos membros do júri, Boris, que parece começar a colorir o filme; enquanto que o nascimento de Sarah, fruto do casamento de Simon e Anne e a gravidez de Magda ilustram a universalidade da condição humana.
Uma vez iniciada a 2ª Grande Guerra, tudo se torna subitamente mais sombrio e a voz de Evelyne ouve-se suavemente em 'Paris des Autres', na véspera de Ano Novo de 1941 que ninguém parece ter muita vontade de comemorar.
A deportação de Simon, Anne e o bebé destes para o campos de concentração de Dachau; a mobilização de Boris para a frente de batalha; o magnífico bailado que Tatiana oferece aos soldados russos; o descrédito de Karl e Magda pelo regime Nazi e a entrada dos Estados Unidos na guerra fazendo Jack Glenn partir também.
A invasão de Paris pelas tropas alemãs é acompanhada pela música composta por Karl e encomendada por Hitler, mas segundo Magda, onde se começa a notar alguma desafinação.
'Les Uns et les Autres' é-nos posto um filme «simples com pessoas como nós, vivendo com sensibilidade extrema um período conturbado e é com este aparente despretensiosismo de Claude Lelouch que as quatro narrativas se desenrolam harmoniosamente, acabando por convergir numa só, numa iniciativa pela paz (o evento Unicef) onde todos se encontram e reencontram ligados pela dança e pela música, no fundo o 'cimento' que sempre uniu, embora de forma paralela, as suas vidas.
A Torre Eiffel é o cenário na cidade escolhida como um símbolo da Paz, só possível na sua total plenitude quando todos cooperam nesse desiderato.
Para além das excelentes realização e produção cinematográficas, o filme tinha um elenco de luxo, com verdadeiras 'estrêlas': Robert Hossein, Geraldine Chaplin; James Caan; Jorge Donn (o grande bailarino); Évelyne Bouix; Raymond Pellegrin; Jean-Claude Brialy; Fanny Ardant; Jacques Villeret; Nicole Croisille; e alguns mais.
Recordar 'Les Uns et les Autres' é lembrar um bom filme, mas também trazer à memória, os tempos, os locais, as circunstâncias... já passaram quase 30 anos.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Hoje é dia de 'O Inimigo Público'
Hoje é Dia da Compreensão Mundial
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Vangelis
Evángelos Odysséas Papathanassíu, músico e compositor grego de renome.
As suas composições mais conhecidas são o tema vencedor do Oscar de 1981, do filme Carruagens de Fogo, a banda sonora do clássico Blade Runner, e mais recentemente, do filme biográfico de Cristóvão Colombo, “1492 - A Conquista do Paraíso”, com a música instrumental “Conquest of Paradise”. Também entre as suas inúmeras inspirações vamos encontrar o tema do Mundial de 2002 disputado na Coreia do Sul e Japão.
No Maio de 68 estava em Paris, ano em que fundou a banda Aphrodite's Child com os amigos Demis Roussos e Loukas Sideras com canções de sucesso: "Rain and Tears e "It’s Five O’Clock. O grupo acabou em 1972, altura em que inicia a sua carreira 'a solo' escrevendo temas para dois filmes do cineasta francês Frederic Rossif em 1973.
O seu primeiro álbum saiu em 1974, o Earth (Terra). Nos anos 80 e 90 produziu diversos álbuns em parceria com Jon Anderson, Jon & Vangelis.
Em 1982 Vangelis venceu na categoria do Oscar de 'Melhor Banda Sonora Original em Chariots of Fire. O tema ficou no topo da lista da Billboard americana por uma semana. Em 1983, Vangelis lançou "Antartica", uma banda sonora bastante conhecida em Portugal como fundo nas previsões meteorológicas do Canal 1. No ano em que começou o seu trabalho com o realizador Ridley Scott, compôs os temas dos filmes Blade Runner e 1492 - A Conquista do Paraíso. Alguns dos documentários submarinos de Jacques Cousteau também levam assinatura de Vangelis. Em 1992, a França condecorou-o com o grau de Chevalier of Arts and Letters. Em 2001 lança Mythodea (mais orquestral que eletrónico) escrita em 1993 e usada pela NASA como tema de comunicação, nas missões a Marte.
Em 2004 compõe a banda sonora do filme 'Alexander' de Oliver Stone.
O ùltimo Vôo do Flamingo, o livro e o filme
O Último Voo do Flamingo (2005), de Mia Couto, relata a passagem de um inspector das Nações Unidas, de origem italiana, pela vila de Tizangara, em Moçambique. A história é contada de acordo com os relatos, depoimentos e confissões presenciadas pelo “Tradutor de Tizangara” e o narrador conta que, certo tempo depois do fim da guerra no seu país, alguns soldados da ONU explodiram. “Simplesmente, começaram a explodir. Hoje, um. Amanhã, outro. No dia seguinte, mais outro. Até somarem, todos descontados, a quantia de cinco falecidos”
A história começa com o acontecimento: um avultado e avulso pénis que aparece no meio de uma estrada da vila de Tizangara. É o caso número seis dos explodidos. E é nessa ocasião que o narrador é compelido a apresentar-se ao administrador local, Estevão Jonas, para ser empossado no cargo de tradutor oficial para o italiano Massimo Risi que está na vila para investigar o caso dos pénis que sobravam dos corpos dos soldados que haviam explodido. Só isso.
Hoje estreia o filme realizado pelo cineasta moçambicano João Ribeiro. Já li o livro e estou curioso com o filme