Salvador Allende, médico e político chileno, fundador do Partido Socialista, governou o seu pais de 1970 a 1973, quando foi deposto por um golpe de estado de 11 de Setembro, liderado pelo seu chefe das Forças Armadas e antigo homem de confiança, general Augusto Pinochet.
Allende foi o primeiro chefe de estado socialista que ganhou em eleições democráticas na América Latina.
Socialista e marxista convicto foi uma figura de vulto pelo respeito com todas as ideias políticas democráticas e com todas as confissões religiosas, por isso foi um revolucionário atípico que acreditava na democracia representativa e considerava ser possível instaurar o socialismo dentro do sistema político e constitucional vigente no Chile.
Há quem diga que Allende se terá suicidado no Palácio de La Moneda, cercado pelas forças do exército, com a arma que lhe fora dada por Fidel Castro; outra versão é a de que ele foi assassinado pelo comandante dos revoltosos. A sua sobrinha Isabel Allende Llona, jornalista à época e escritora famosa no exílio, acredita que o seu tio foi assassinado pelos golpistas conforme descreve num dos seus livros.
Com a morte de Salvador Allende e a queda do governo socialista, inicia-se pela 'mão' de Pinochet uma das mais ferozes, cruéis e sangrentas ditaduras do séc: XX.
Inicialmente enterrado numa vala comum num caixão com as iniciais "NN", só com o fim da ditadura de Pinochet, Allende viria a ter um funeral com honras militares, em 1990.