O Irão suspendeu a condenação à morte por apedrejamento de Sakineh Mohammadi Ashtiani, a viúva Sakineh Ashtiani, de 43 anos e mãe de dois filhos, condenada à morte por apedrejamento sob acusação de ter mantido «relações ilícitas» e envolvimento no assassínio do marido.
Segundo a lei islâmica, a execução consiste em enterrar, em público, a mulher até ao tórax, com os braços imobilizados e receber pedradas dos assistentes até à morte. Como uma pessoa pode suportar golpes fortes sem perder a consciência, a lapidação pode produzir uma morte muito lenta.
Na Bíblia, podem ler-se várias passagens, como na intervenção de Jesus que salvou da lapidação uma adúltera dizendo: "Quem nunca tiver cometido um pecado que atire a primeira pedra!"). Constrangidos pelas palavras, os homens que se preparavam para executar a pena, foram-se retirando do local até que apenas ficaram Jesus e a mulher que ele ajudou a desenterrar e a levou para sua casa.
A 31 de Julho, durante um comício eleitoral, o presidente brasileiro, Lula da Silva, anunciou que o Brasil estava disposto a receber a iraniana, se isso fosse suficiente para evitar a sua morte.
Independentemente de 'suspensão' não significar 'absolvição' nem sequer que esta mulher esteja livre de um outro tipo de execução, só quem não tiver respeito pelos direitos humanos poderá ficar alheio à barbárie que ainda persiste, neste mundo, em nome de um deus, seja ele qual fôr...