O Último Voo do Flamingo (2005), de Mia Couto, relata a passagem de um inspector das Nações Unidas, de origem italiana, pela vila de Tizangara, em Moçambique. A história é contada de acordo com os relatos, depoimentos e confissões presenciadas pelo “Tradutor de Tizangara” e o narrador conta que, certo tempo depois do fim da guerra no seu país, alguns soldados da ONU explodiram. “Simplesmente, começaram a explodir. Hoje, um. Amanhã, outro. No dia seguinte, mais outro. Até somarem, todos descontados, a quantia de cinco falecidos”
A história começa com o acontecimento: um avultado e avulso pénis que aparece no meio de uma estrada da vila de Tizangara. É o caso número seis dos explodidos. E é nessa ocasião que o narrador é compelido a apresentar-se ao administrador local, Estevão Jonas, para ser empossado no cargo de tradutor oficial para o italiano Massimo Risi que está na vila para investigar o caso dos pénis que sobravam dos corpos dos soldados que haviam explodido. Só isso.
Hoje estreia o filme realizado pelo cineasta moçambicano João Ribeiro. Já li o livro e estou curioso com o filme