Antes da retirada, ainda jogou no Vitória Setúbal e no Estoril Praia mantendo sempre a mesma postura que lhe valeu o epíteto pelo qual toda a gente ligada ao desporto ou não, o conheceu.
Também foi seleccionador nacional tendo conduzido a 'equipa das quinas' ao Mundial do México onde, infelizmente, a participação da selecção iria ficar emsombrada pelo que ficou para a história como o 'caso Saltillo' mas onde José Torres mais uma vez demonstraria a sua estatura enquanto desportista e homem.
Lembro-me perfeitamente de o ter visto jogar muitas vezes, ao vivo e a cores e na televisão a preto e branco e só tive pena que não fosse do Sporting. Apesar de não poder passar despercebido na grande área, tal a estatura, parecia fácil elevar-se sózinho ou no meio de um cacho de defesas e cabecear para a baliza. Com uma falsa lentidão e um ar desajeitado de 'avestruz' a correr, fugia à marcação dos defesas e embora com os pés fosse mais tosco, também fazia muitos golos desta maneira.
Recordo-o com o respeito que todos os bons deste mundo, gigantes ou não, assim o devem ser.