A 20 de Setembro de 1519, parte de San lucar de Barrameda/Sevilha, uma esquadra de duas naus de guerra com 30 canhões, duas naus de mantimentos e uma embarcação de apoio, com uma tripulação total de 285 homens, capitaneados por Fernando de Magalhães, navegador português, nacido em Sabrosa em 1480 e ao serviço do Imperador Carlos V, a quem Magalhães apresentou o seu projecto após o mesmo haver sido recusado pelo, então Rie de Potugal D. João II.
Dava-se assim o início para aquela que ficaria para sempre conhecida na História de todo o Mundo, como a "Primeira Viagem de Circum-navegação à Terra".
Fernão de Magalhães propunha-se mostrar que as ilhas Molucas se encontravam fora do hemisfério português, um enorme desafio técnico e humano, para mais quando até ao momento fora impossível delimitar de forma rigorosa as zonas de influência, espanhola e portuguesa, definidas em Tordesilhas.
Em Dezembro de 1519 a armada aporta ao Rio de Janeiro.
No mês seguinte penetra no Rio da Prata e em finais de Março de 1520 faz a sua entrada no estreito que virá a ter o nome do navegador português.
Durante a viagem sucedem-se inúmeras peripécias, desde conspirações, insubordinações, roubos e assassinatos entre uma tripulação exausta e desconfiada do sucesso do empreendimento.
Por fim, em Novembro de 1520 os navios entram no Oceano Pacífico, e poucos meses depois (Abril de 1521) Fernão de Magalhães é morto numa escaramuça na ilha de Cebu (Filipinas).
A esquadra reduz-se agora a dois navios e é a nau "Victoria", comandada pelo espanhol Sebastian D' Elcano que segue viagem pela rota do cabo, procurando víveres em Cabo Verde.
Descoberta por uma nau portuguesa, com uma tripulação de apenas 18 homens completamente sequiosos, famintos e em miserável condição de saúde, o navio segue, depois de ajudados os homens e carregados com víveres frescos e água potável, para San Lucar de Barremeda, onde chega a 6 de Setembro de 1522!
Ao cabo de três anos estava completada esta grande aventura.