terça-feira, 30 de junho de 2015

A TORRE DE BABEL

Yeová, o deus hebraico, desceu "para ver a torre que os homens edificavam" e, vendo o que faziam decidiu confundir-lhes as línguas para impedir que prosseguissem com a sua empreitada. - in 'Bíblia Sagrada', Livro Génesis, capítulo XI, versículos 1 a 9.




O medo de que o edificio da moeda unica que segundo os seus fundadores chegaria ao 'reino dos céus', se desmorone, não a partir das áridas planícies da antiga Mesopotâmia nem graças `intervenção de um deus punitivo e vingativo mas em resultado da fragilidade da construção e da arrogância e inabilidade políticas de uma 'élite' que chegou ao poder ao mesmo tempo que endeusava a finança e se submetia aos interesses do capital.

E, assim chegámos ao rebentar das 'bolhas' infectas que atingiriam praticamente todas as economias mas, claro, em especial as mais débeis.



A crise grega ameaça transformar-se numa batalha jurídica. 
ministro das Finanças da Grécia admite recorrer ao Tribunal Europeu de Justiça e “fazer uso de todos os direitos legais” para evitar a expulsão da Grécia da zona euro e impedir o bloqueio do sistema bancário. “Os tratados europeus não fazem qualquer previsão para a saída do euro e recusamos aceitar isso. 
O nosso estatuto de membro não é negociável”,  disse Yanis Varoufakis ao The Telegraph.

Benoît Coeuré, membro do conselho executivo do BCE afrmou por seu lado: 
“A saída da Grécia da zona euro, não pode, infelizmente ser excluída. Houve uma escolha do governo grego de interromper a negociação com os credores e lançar um referendo, o que faz com que o Eurogrupo não aceite uma nova extensão do programa de assistência”

Faltam poucas horas para a Grécia entrar em incumprimento em relação à dívida ao FMI
O governo de Atenas já deixou suficientes indicações de que não está em condições de reembolsar perto de 1600 milhões de euros esta terça-feira.



Os dados estão lançados.
Podemos estar a assistir ao desmoronamento do edificio da moeda única.
Será que a 'Torre de babel' vai resistir?

  


quinta-feira, 25 de junho de 2015

ANTONI GAUDI, DA NATUREZA À ARQUITECTURA

Quando Antoni Gaudi nasceu, a 25 de Junho de 1852, em Reus perto de Barcelona, a Catalunha atravessava um período de grande transformação social; a revolução industrial estava a modificar não só as estruturas sociais como, em em consequência, todo o planeamento urbano e a forma de encarar e de viver os grandes espaços.
Os dois mundos - o tecnológico e o artesanal - coexistiam harmoniosamente embora a massificação de muitos produtos resultado da acelerada introdução de novos métodos e processos de trabalho e avanços tecnológicos com a introdução de maquinaria para os mais diversos fins, os artefactos mantinham um valor aparte,



Escolhi o título (da Natureza à Arquitectura) justamente porque Gaudi conseguiu ser o um dos maiores intérpretes deste conceito, criando e erigindo obras arquitectónicas impares que são, em simultâneo, verdadeiros trabalhos de 'artesanato', pela delicadeza da forma, pela variedade dos motivos e dos materiais, pela sua atenção à natureza e pelo tratamento dado às formas geométricas.
Historicamente, Gaudi é o arquitecto maior de Barcelona capaz de marcar de forma indelével com os edificios de formas espaciais complexas transformando a construção dos edificios com coberturas em abóboda, as formas arredondadas, as fachadas de motivos variados, etc.


Não se vai a Barcelona e se fique indiferente aos sinais e à obra de Gaudi.

Passam hoje 163 anos sobre o nascimento de uma figura ímpar na arte.















    



quinta-feira, 11 de junho de 2015

XEQUE-MATE COM UM CAVALO...

Se a transposição dos vários calendários estiver (mais ou menos) correcta, então pode afirmar-se com grande probabilidade de acerto histórico que, faz hoje 3315 anos que os troianos resolveram arrastar para dentro das inexpugnáveis muralhas da cidade, um enorme e tosco cavalo de madeira, julgando-o uma dádiva dos deuses.


Segundo Homero, a guerra teve origem no rapto da princesa Elena, esposa do rei de Esparta, Menelau, quando o príncipe troiano Páris, filho do rei Príamo de Troia foi, em missão diplomática, e acabou apaixonando-se pela bela Elena que segundo consta era vítima de terrível violência doméstica que na altura até nem era crime nem nada invulgar.

A bela Elena, aproveitou a paixão do príncipe e deixou-se raptar. Menelau ficou enfurecido, e logo pensou em ir resgatá-la. Um poderoso exército com a participação de todas as cidades gregas, sob o comando do general Agamenon partiu através do mar Egeu em mais de mil navios, para Troia.

Na armada, partiram igualmente Ulísses e grandes guerreiros como Aquiles, Ajax, Diomedes, Idomeneu entre outros. As naus gregas desembarcaram na praia próxima a Troia e iniciaram um cerco que iria durar dez anos e custaria a vida a muitos heróis de ambos os lados. Dois dos mais notáveis heróis perderam a vida na guerra de Troia: 
Heitor, irmão de Páris (que foi morto por Aquiles por aquele ter matado seu primo Pátroclo) e o próprio Aquiles que foi atingido por uma flecha envenenada no único sítio em que era vulnerável: o calcanhar! 

O cerco a Troia durou 10 anos e .a cidade foi tomada graças ao plano de Ulisses. 
Os gregos embarcaram e fingiram que se retiravam, deixando na praia um enorme cavalo de madeira, que os troianos decidiram levar para o interior de sua cidade, como símbolo de sua vitória, apesar das advertências de Cassandra. À noite, quando todos dormiam, os soldados gregos, que se escondiam dentro da estrutura oca do cavalo, saíram e abriram os portões para que o exército grego (cujos navios haviam retornado) invadisse a cidade.
Apanhados de surpresa, os troianos foram vencidos e a cidade incendiada. As mulheres (inclusive a rainha Hércuba, a princesa Cassandra e Andrômaca, viúva de Heitor, foram feitas escravas. O rei Príamo e a maioria dos homens foram mortos.
A bela Elena voltou a Esparta e segundo consta, continuou a ser vítima de violência doméstica...pelo enfurecido Menelau!