sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

NATAL É QUANDO UM HOMEM QUISER

AO CAIR DO PANO
NATAL É QUANDO UM HOMEM QUISER
ou como, de facto,
A MENTIRA REPETIDA PASSA A VERDADE

Como aliás tem acontecido anualmente, pelo menos desde que em 1582 foi promulgado pelo papa Gregório XIII o novo calendário (que substituiu o Juliano que vinha do tempo dos romanos) entramos no período das três últimas semanas de uma gravidez que viria a mudar séculos depois, uma grande parte da Humanidade no que diz respeito às suas crenças e dogmas religiosos.
O NATAL! Eu confesso que não sendo crente, sempre gostei do Natal mas não porque o 'espírito natalício' me indusa a ser uma pessoa diferente da que sou. Aliás, acho uma hipocrisia o jeito de que Natal tem de ser paz e amor, bem fazer e bem querer, etc e tal e depois, no resto do ano, esuqecem-se do que se esforçaram ou fingiram e volta tudo ao "normal"
O NATAL! Quando era criança era o fetiche do menino Jesus; na adolescência era o prazer de fazer uns sacrificios com a semanada que a minha mãe me dava para ter uns tostões para umas prenditas (e ainda não havia chineses); depois foi o Natal em família, o casamento que junta famílias que se juntam pela consoada (às vezes tem vezes) e repetimos para os filhos que agora na geração do velho barbudo e barrigudo sentem a mesma ansios alegria em rasgar os embrulhos.
Consumismos à parte....a noite da consoada, o almoço do dia de Natal, as iluminárias cidades e nas vilas, as manifestações cristãs do presépio com intromissões de reis magos pagãos e outras msituras 'politicamente' aceites e até fomentadas pela Santa Sé e até as músicas harmoniosas e a tranquilidade, aqui reside o belo e a 'iluminação' desta quadra.

PRONTO! Apesar de pouco parecer interessar comparado com o pretexto, aos crentes e aos outros,por vezes pergunto-me: então e se realmente o que a Igreja quer esconder for a verdade? Estamos a festejar o quê?
É que o NATAL tem esta data por decreto! Já sabemos que antes de 1582 apesar do 25 de Dezembro porque era outro o calendário, o Natal era festejado para aí em meados do mês que hoje é Outubro, pois Dezembro era o mês décimo.
Foi durante o I Concílio de Niceia realizado pelo imperador Constantino em datas que se situarão entre 20 de Maio e 25 de Junho de 324 D.C. que foram determinadas, por acordo entre os bispos católicos e ortodoxos e muitos outros vindos de Roma, anioquia, Egipto, Alexandria, entre outros locais, as datas das festividades religiosas e mormente as duas datas fundamentais da religiosidade cristã: o nascimento de Cristo (em data fixa de 25 de Dezembro) e a data da sua morte (em festa móvel) dependente da primeira fase de lua nova que determina o carnaval, festa pagã que foi aproveitada para inicio da Quaresma e do jejum de carne determinado aos cristãos.

No calendário actual, a data provável para o inquestionável nascimento de Jesus de Nazaré terá sido entre meados de Setembro e inicio de Outubro pois é o período que data o célebre census determinado por Herodes e que terá motivado as grandes movimentações de gente em toda a Palestina que obrigava todo o homem e mulher a recensear-se no seu lugar de origem. Ora José era natural de Nazaré por isso deslocou-se para lá para cumprir a ordem do rei. mas, isso agora era uma trabalheira do caraças e ia criar complicações sociais, religiosas, económicas e claro, até políticas sem fim.
Por isso, é muito provável que estejamos a comemorar uma meia mentira, mas prontodaí não vem mal ao mundo, digo eu.

Quanto ao resto da história... se esta já vai longa...um dia eu conto aquilo que tenho lido.
Eu gosto de História e ainda mais das histórias da História!

Espero que pelo menos tenha suscitado alguma reflexão a quem teve a paciência ou a curiosidade de chegar ao fim.

domingo, 1 de dezembro de 2019

MELHOR SER RAINHA POR UM DIA QUE DUQUESA TODA A VIDA


A frase está em todos os livros e foi proferida na véspera, à noite, por D. Luísa de Gusmão, aos seus filhos e demais fidalgos que se reuniram com os duques de Bragança na residência - hoje Palácio da Independência, fica situado em Lisboa, atrás do edifício do teatro nacional D.Maria II - diz-se, perante a hesitação do marido D. João, o Duque de Bragança, em dar a ordem para a revolta.
Corajosas palavras de Luísa María Francisca de Guzmán y Sandoval que ficará para a História D. LUÍSA DE GUSMÃO, espanhola por nascimento, casada com D. JOÃO, Duque de Bragança, o IV e o primeiro da dinastia de Bragança a quem foi dado o cognome de 'O Restaurador' depois de proclamado Rei de Portugal e dos Algarves. naquela tarde do primeiro dia de Dezembro do Ano da Graça de MDCXL.
SESSENTA ANOS, o período de tempo que Portugal consta como uma 'província espanhola' desde que em 25 de Agosto de 1580, D. Fernando Alvarez de Toledo y Pimentel, DUQUE DE ALBA à frente de 5.500 soldados desbaratou, em meia hora, 1.500 portugueses mal armados e equipados, o pobre e desvalido exército que D ANTÓNIO, O Prior do Crato reunira na margem esquerda da ribeira de Alcântara para lhes fazer frente.
A ESTA HORA (passados 379 anos) já os 40 conjurados, os revoltados assim designados pela jura solidária de vitória ou morte, tinham invadido o Paço, aproveitando a ausência da Duquesa de Mântua, regente nomeada pelo rei Filipe III de Portugal, IV de Espanha, dominaram a Guarda Espanhola e depois de uma série de buscas por corredores e salões do palácio acabaram por descobrir Miguel de Vasconcelos, secretário da Duquesa e odiado pelo povo como traidor, escondido num armário do aposento que servia de quarto, apunhalaram-no e defenestraram-no para a praça para o meio do povo que se juntara em agitação.
Estava consumado o golpe que nos arrastaria para mais 28 anos de guerra com a Espanha mas que acabou com vitória portuguesa selada no Tratado de Paz de 1668 assinado em Lisboa e mediado por Carlos II de Inglaterra, entre Carlos II de Espanha e João VI de Portugal, que ficou conhecido por Tratado de Paz Perpétua.