sábado, 8 de janeiro de 2011

As presidenciais, o BPN e o FMI II

Por falar em BPN, (obrigado dr. Defensor de Moura pela lembrança!) acabo por não perceber porque é que ninguém gosta deste banco! Então se o professor Cavaco, que ainda não era presidente e muito menos candidato, aplicou as suas poupanças e ganhou o que ganhou; se o dr. Dias Loureiro, dizem, ficou milionário enquanto lá trabalhou a fazer não se sabe bem o quê porque quando foi interrogado sobre o que lá fazia nem ele se lembrava; e haverá muito mais gente, certamente menos mediática que, sem ter feito nada, acabou por ficar cheio de dinheiro; e as empresas que se fartaram de fazer bons negócios, com certeza, e que depois puseram a ‘dinheirama’ nos tais ‘off shores’ e, soube-se agora, já o BPN era ‘nosso’, isto é, estava nacionalizado, ainda comprou acções pelo triplo do seu valor. Ora, um banco destes é de preservar! E, agora que é ‘nosso’, isto é nacionalizado, todos devemos ser accionistas e assim ficamos (eu pelo menos vou ficar) à espera de quanto vai ‘tocar’ a cada um. É que, em conjunto, os portugueses já ‘investiram’ mais de quatro mil milhões de euros o que, pelas minhas contas, dará cerca de quatro mil euros a cada um de nós! Ora, como se sabe agora, se o lucro do professor Cavaco até foi modesto mas mesmo assim foi de cento e quarenta por cento, a mim, como sou modesto, bom jeito me daria receber pelo meu investimento, vamos lá, para aí uns dez mil euros. Grande banco este! Porque será que nem os banqueiros o querem?