quarta-feira, 2 de outubro de 2013

ESTOU APENAS A MEDITAR...


Em 2011, estavam inscritos 9.624.354 eleitores e votaram 5.585.254. Taxa de abstenção de 41,97 por cento.

Registaram-se 148.638 votos brancos (2,66 %) e 79.399 nulos (1,42 %).

PSD venceu com 38,66 %, correspondente a 2.159.181 votos (108 deputados). 
PS obteve 1.566.347 votos, que correspondem a 28,04 % (74 deputados).
CDS-PP conquistou 11,71%, alcançando 653.888 votos (24 deputados).
PCP obteve 441.147 votos, correspondentes a 7,90 % (16 deputados).
BE teve 288.923 votos ou seja 5,17%, (8 deputados).
O governo legitima-se com uma diferença de 151.687 votos validamente expressos ou seja PSD+CDS (2.813.069) contra PS+CDU+BE (2.661.382) ou seja, uma diferença que corresponde a 1,57% do eleitorado.
Considerando que nos 2.813.069 votos (apenas 29,22% do eleitorado) que permitiram ao PSD e CDS formarem governo, já haverá uma larga percentagem de enganados e arrependidos e ainda estamos a pouco mais de meia legislatura, é forçoso pensar que a base de apoio ao governo estará de tal forma reduzida que o número de votos alcançados nas autárquicas pelos PSD e CDS, cada um por si ou em coligação, deve aproximar-se da realidade.
E que realidade?
A realidade é que PSD+CDS+MPT+PPM = 1.689.943 votos nas autárquicas.
Ou seja: os partidos do governo perderam 1.163.136 votos, ou seja 41,3% do seu eleitorado; ora considerando que netas eleições autárquicas o número de eleitores era de 9.547.315 e a abstenção foi de 47,41%, votaram 5.121.887 ou seja menos 386.728 já retirados os 77.039 de diferença de eleitores inscritos entre as duas eleições.

Feitas as contas e depois de ouvirmos o que ouvimos, no domingo ainda longe dos resultados estarem apurados, do primeiro ministro, proponho que façam a seguinte reflexão: 
QUE LEGITIMIDADE TEM ESTE GOVERNO PARA CONTINUAR A IMPOR AS MEDIDAS MAIS GRAVOSAS QUE O PROPRIO PACTO QUE ASSINOU LHE EXIGEM TENDO UMA BASE DE APOIO QUE NAO DEVERÁ ULTRAPASSAR ACTUALMENTE CHEGAR AOS 18% DO ELEITORADO. 

A democracia tem destas coisas!