quarta-feira, 6 de novembro de 2013

LUGARES COM HISTÓRIA I


CAFÉ NICOLA

Abriu as portas pela primeira vez em Julho de 1787, no Rossio, fundado pelo italiano Nicola Breteiro e é um dos estabelecimentos mais antigos de Lisboa.



Lugar de intercâmbio de ideias, debates literários e propaganda de opiniões, é assim que podemos definir um dos cafés mais frequentados do séc. XVIII.
O Café Nicola tem o charme característico que marcou diferentes épocas e foi ponto de encontro e, muitas vezes, de partida para movimentos sociais, políticos e culturais. Pela sua porta, passaram algumas das mais emblemáticas figuras da sociedade lisboeta e do país: Bocage terá sido por ventura o mais famoso.

A fachada executada em 1929, é do traço do arquitecto Norte Júnior. A decoração do interior era neoclássica. As telas são do pintor Fernando Santos e o busto de Bocage esculpido por Marcelino d’Almeida.





MARTINHO DA ARCADA


O Café-Restaurante Martinho da Arcada, na Praça do Comércio, n.º 3, em Lisboa, tem a sua história, de mais de dois séculos, ligada à literatura portuguesa.




O «Café do Gelo» foi adquirido pelo italiano Domenico Mignani que inaugurou a «Casa do Café Italiano», em 1795; sucessivamente conhecido por «Café do Comércio» e por «Café dos Jacobinos», pelo facto de ser frequentado pelos jacobinos e libertinos da época, deve o seu actual, desde 1845, a Martinho Bartolomeu Rodrigues o novo proprietário que mandou fazer obras que o transformaram num dos melhores cafés de Lisboa. O mesmo empresário tinha aberto já outro «Café Martinho» no Largo do Regedor, em frente da estação dos caminhos de ferro do Rossio dando pois a este o popular «Martinho da Arcada» para o distinguir do outro.

Tendo sido frequentado por políticos, escritores e intelectuais como Afonso Costa, Manuel da Arriaga, Bernardino Machado, António Ferro e França Borges.
Na sua tradição literária, contou com clientes como Bocage, Lopes de Mendonça, Cesário Verde, Augusto Ferreira Gomes, António Botto e Almada Negreiros. Um dos seus clientes mais assíduos foi sem dúvida Fernando Pessoa (que continua a ter uma mesa permanentemente reservada).