sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

AS LIÇÕES DAS ELEIÇÕES AMERICANAS


O CÉREBRO É UMA COISA MARAVILHOSA. Todos deveriam ter um. Talvez seja disto que falamos quando falamos sobre eleições americanas e com uma certa arrogância de opinião sobre 'o como foi possível o Trump?' ou 'os americanos sempre foram burros' ou mais suavemente 'o povo americano é mesmo assim...'.
É CLARO QUE não esquecendo as peculiares regras de eleição do presidente dos Estados Unidos que já custou a derrota de Al Gore contra Bush e agora de Hillary contra Trump, ou seja, ter mais votos não significa ser eleito, não nos podemos esquecer que há cerca de um ano, em Portugal, não foi o 'chefe' do partido vencedor quem acabou por ser primeiro ministro, pontuadas as devidas diferenças.

O QUE EU QUERO DIZER é que, por cá, depois de quatro anos negros, os portugueses social e economicamente mais vulneráveis e a generalidade da classe média foram tratados como 'carne para canhão' por um governo sem escrúpulos cujo propósito de desmantelar o Estado Social, Educação e Saúde, para não falar já numa pretensa reforma da Justiça ( que teve como consequência dificultar o acesso à justiça dos mais pobres e dos mais fracos) bem como outros importantes apoios socias.
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POIS MAL! OS VOTOS VOLTARAM DAR A VITÓRIA AO PSD/CDS então coligados no PaF e só não tivemos Passos Coelho/Portas mais quatro anos porque a Esquerda soube unir-se em torno do essencial - a defesa do estado social - e deixar os 'entretantos' para alturas de menor aperto. Ora os portugueses são burros? Como os americanos? Como os franceses? Como os austríacos? Como todos os outros povos que votam 'direita', 'xenofobia', 'racismo', 'aumento das desigualdades', 'desmantelamento dos equipamentos de apoio social'?

A EXPLICAÇÃO EXISTE e já foi diagnosticada centenas de vezes por centenas de políticos, sociólogos, analistas, economistas até prémios Nobel, etc, etc. Que lição retirar de tudo isto? O facto de em quase todas as democracias ocidentais, os partidos vencedores de eleições estarem situados no centro direita e na direita mais conservadora e até retrógrada tem sido muito por culpa das 'Esquerdas'. 

Principalmente de uma certa Esquerda que parece ter por única linha doutrinária a costumada e arrogante superioridade moral, baseada numa luta de classes já ultrapassada no tempo e no significado por uma concertação social destinada a garantia um maior equilíbrio e paz social essenciais ao crescimento sustentado
POIS MAL! Veja-se o que se acaba de passar com a 'nossa' TSU em que BE e PCP/PEV preferiram deixar um PSD, revanchista, completamente desnorteado e sem vergonha, se lhes colasse numa votação cujo único objectivo das 'Esquerdas' era não permitir a possibilidade às empresas (sobretudo pequenas, médias e micro e instituições de solidariedade social) de não verem reflectido nas suas débeis tesourarias o esforço de um aumento do salário mínimo (numa elevada percentagem dos trabalhadores). afinal 'bandeira' dessa mesma Esquerda!



A 'GOVERNAÇÃO AO CENTRO' é um exercício cada vez mais difícil quando o eleitorado parece deslocar-se para as 'extremas'. Populistas, tiranetes, xenófobos, racistas, machistas, e outros que tais vão continuar a surgir como cogumelos a menos que a Esquerda aprenda para que continuemos a ver de pé e com força as 'GERINGONÇAS'.deste mundo!